Políticos bolsonaristas contra isolamento são os mais influentes nas redes
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Nem o crescimento da popularidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e nem a polêmica em torno da política de isolamento social foram capazes de abalar a influência de políticos bolsonaristas nas redes sociais.
Nem mesmo o aparecimento das primeiras mortes causadas pelo coronavírus, ocorridas em março, tirou a liderança dos bolsonaristas nas redes sociais naquele mês.
Levantamento divulgado agora pelo FSBinfluênciaCongresso mostrou que o partido com maior número de deputados entre os 20 mais influentes é o PSL. O partido tem seis entre os 20 mais influentes. Antiga legenda do presidente Jair Bolsonaro, o PSL ainda abriga a maior concentração de bolsonaristas na Câmara.
Em fevereiro, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) figurou como a mais influente. Agora em março, ela foi ultrapassada por um integrante do mesmo partido ainda mais radicalmente contrário à política de isolamento social.
A primeira posição ficou com o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.
A terceira colocada foi outra bolsonarista radical, também contrária à política de distanciamento social do ministro da Saúde: a deputada Bia Kicis (PSL-DF).
O FSBinfluênciaCongresso explica que monitorou as publicações dos deputados federais e senadores de 1º a 31 de março:
"O monitoramento é 24x7, capturando e analisando o grau de engajamento de todas as publicações feitas pelos parlamentares no Facebook (apenas páginas públicas), no Instagram (apenas contas business) e no Twitter. Para se calcular a nota de cada parlamentar e construir o ranking, são levados em consideração o número de seguidores, a quantidade de publicações, o alcance das publicações e o engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos) em cada rede social. São aplicados pesos diferentes a cada item, assim como para cada uma das três redes sociais analisadas."
A Câmara dos deputados teve 17 dos 20 parlamentares mais influentes, segundo o levantamento. O Senado, apenas três.
As redes sociais são um campo fértil para a polarização, o que também explica um partido menor ainda e mais à esquerda, o Psol, conquistar o segundo lugar em número de parlamentares entre os 20 mais influentes: três deputados da sigla.
A metodologia do FSBinfluênciaCongresso atribui uma nota que pode variar de 0 a 100 para cada parlamentar e também para cada legenda (no agregado dos parlamentares).
Em número de postagens feitas no Facebook, Twitter e Instagram, o PT segue como o partido mais ativo. Isso faz com que, na nota por partido, ele passe à frente do PSol para o segundo lugar, atrás do PSL.
O resultado do estudo mostra que o índice de influência nas redes sociais não caminha a par e passo com os levantamentos de popularidade e mesmo de intenção de voto.
Na verdade, às vezes seguem em sentidos contrários.
Com suas posições hostis ao ministro Mandetta e às normas defendidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Bolsonaro conseguiu despertar a oposição adormecida nas ruas, perdeu pontos nas pesquisas de opinião e ganhou panelaços de protestos pelo país.
Mas a agressividade do discurso de seus seguidores se encaixa mais adequadamente à narrativa das redes sociais, o que explica o melhor posicionamento dos parlamentares bolsonaristas nesse ambiente.
Clique neste link e acesse o estudo completo:
https://www.dropbox.com/preview/FSBinflu%C3%AAnciaCongresso%20(MAR%C3%87O%202020).pdf?role=personal
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