Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
As 600 mil mortes doem tanto mais quanto maior o desrespeito do presidente
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Quando ainda estava com a popularidade em alta, antes das denúncias de corrupção envolvendo Paulo Cesar Farias, o ex-presidente Fernando Collor de Mello costumava contar a história da visita de um político do Nordeste a uma cidadezinha do interior.
Assim que chegou, um velhinho maltrapilho deu-lhe uns puxõezinhos na camisa. O político apertou a mão do cidadão e seguiu em frente. Passado algum tempo, o velhinho voltou a cutucá-lo. O político tirou do bolso uns trocados e entregou.
Mas eis que, quando subia no palanque do comício, aquele velhinho voltou a interceptá-lo. Irritado o político falou: "Já lhe cumprimentei e até dei algum dinheiro. O que você quer mais?"
O eleitor respondeu: "Consideração, doutor. Eu quero consideração."
É isso que mais faltou ao presidente da República durante todo esse período de pandemia: consideração com as vítimas e as famílias das vítimas. Faltou empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, sentir a dor do outro.
A frieza não é uma boa conselheira dos políticos. Talvez vídeos como estes abaixo, mais do que a matemática fria do número de mortos, expliquem a queda de popularidade do presidente:
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