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Para o governo, Petrobras reajustará preços novamente antes das eleições
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O presidente Jair Bolsonaro cobrou do presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), e do centrão uma resposta rápida ao último aumento do preço dos combustíveis pela Petrobras. Lira já afirmou em entrevista à GloboNews que irá reunir os líderes para estabelecer uma forma de controlar a margem de lucro da estatal.
Bolsonaro resolveu declarar guerra à petroleira não só por causa deste último aumento dos preços dos combustíveis para os distribuidores, mas porque está convencido de que a atuação da Petrobras terá reflexos contra sua reeleição.
A avaliação de técnicos do Ministério das Minas e Energia, passada ao Planalto, dá conta de que a estatal terá que reajustar, pelo menos mais uma vez até o primeiro turno das eleições, em 2 de outubro, os preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras.
O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras foi reajustado em 5,18% a partir deste sábado, 18. Está longe de cobrir a defasagem em relação ao preço do produto cobrado no Golfo do México (EUA) e que pesa para os importadores brasileiros, que era de 14% até esta quinta-feira, 16.
No caso do diesel, o reajuste da Petrobras foi de 14,26%, quando a defasagem em relação ao preço médio no Golfo do México era de 18%.
O problema é que o diesel não era reajustado há 39 dias (desde 10 de maio). A última alta no preço da gasolina ocorreu há mais tempo ainda, 99 dias (11 de março). Ou seja, como faltarão 105 dias para as eleições de 2 de outubro, é praticamente impossível que não haja outro reajuste até lá.
O preço do petróleo não para de subir no mercado internacional. Tem operado acima dos US$ 120 o barril. Também o dólar se mantém em alta, ultrapassando os R$ 5. Ambos sem perspectivas de quedas, por causa da guerra da Ucrânia, ainda com risco de desabastecimento de diesel.
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