Governo, MDB e União Brasil manterão taxação das blusinhas contra relator
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) declarou à coluna que é contra retirar a chamada "taxação das blusinhas" do projeto do de lei do Mover em votação no Senado.
O projeto do programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) foi enviado ao Congresso pelo governo para estimular a produção de novas tecnologias de sustentabilidade na área automobilística.
Mas a Câmara incluiu, por influência do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a taxação de 20% sobre todos os produtos importados até US$ 50 (cerca de R$ 250). Esses produtos foram apelidados de blusinhas.
O relator do projeto no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), anunciou que irá retirar esse "jabuti" do projeto no seu parecer a ser votado ainda hoje no plenário do Senado.
Mas o governo, que antes era contra a taxação, segundo o líder Jaques Wagner, agora vai propor que o texto seja aprovado como veio da Câmara.
O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), disse à coluna que seu partido deverá votar pela manutenção do texto como veio da Câmara.
Braga revelou que o líder do União Brasil, Efraim Filho (PB), apresentará destaque pela manutenção da taxação "e o MDB deverá encaminhar a favor do destaque do Efraim".
Segundo Eduardo Braga "não faz sentido esses produtos importados concorrerem com indústria nacional pagando menos impostos", disse.
Na Câmara, o presidente Arthur Lira ficou irritado ao saber da disposição do relator no Senado de derrubar a taxação. Ele informou aos líderes governistas que não aceita que o Palácio do Planalto apoie a derrubada do que foi aprovado pelos deputados.
Portanto, a taxação sobre as chamadas "blusinhas" tem tudo para ser aprovada hoje no Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo se for vetada, a Câmara derrubará o veto.
Reportagem
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