Campanha eleitoral dos EUA se divide entre a senilidade e o ódio
Após o atentado deste sábado, 13, contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump, o eleitor norte-americano terá que decidir seu voto entre dois fatores: dar mais peso ao ódio que provocou o tiro contra o candidato a retornar à Casa Branca ou concluir pela suposta senilidade de seu adversário, o atual presidente dos EUA, Joe Biden.
Até o momento em que o tiro foi disparado próximo ao tímpano de Trump, a grande discussão na campanha era se Biden, do alto de seus 81 anos, está ou não senil.
O péssimo desempenho do presidente no debate contra Trump desencadeou a onda de notícias sobre a possibilidade de ele desistir da campanha.
Depois, Biden fortaleceu a onda de críticas à sua capacidade de dirigir a maior economia do Ocidente. Além do andar inseguro ao subir nos palanques e dos tropeços, trocou os nomes dos presidentes da Ucrânia, Volodomir Zelensky, e do autocrata da Rússia, Vladimir Putin em plena reunião da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A situação de Biden só piorou quando ele confundiu sua candidata a vice na chapa presidencial, Kamala Harris, com o próprio Trump.
Mas Biden até que vinha conseguindo abafar as críticas com suas firmes declarações de que permanecerá candidato, numa campanha em que sua decisão monocrática é fundamental para a permanência ou não na disputa.
Até que um atirador cujo nome ainda não havia sido divulgado às 21h do sábado (horário de Brasília) resolveu apontar a arma contra o candidato à Presidência dos EUA pelo partido Republicano.
O tiro atingiu de raspão a orelha direita de Trump. Uma integrante da plateia do comício teria morrido, assim como o próprio atirador, segundo as primeiras informações.
Mas a campanha dos EUA pode ter sofrido uma ferida que dificilmente será curada. Com semelhanças entre a campanha eleitoral de 2018 no Brasil.
Foi quando um candidato como Jair Bolsonaro, com discurso tão tomado por mensagens de ódio como os de Donald Trump acabou atacado por alguém que aparentemente se opunha a ele, igualmente movido pelo ódio.
Foi quando um louco de nome Adelio Bispo resolveu dar uma facada em Bolsonaro. O então candidato sobreviveu, mas saiu dali sem praticamente nem precisar deixar o hospital para fazer campanha.
Tornou-se vitorioso e comandou a República pelos quatro anos seguintes.
A pergunta que assombra os democratas do mundo agora é: será que o fenômeno "Adélio Bispo do Brasil" se repetirá nos EUA?
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