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Thaís Oyama

REPORTAGEM

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Novo comandante foi quem sugeriu termo-chave do tuíte de Villas-Bôas

O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva - Reprodução/YouTube/@cmse_exercito
O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva Imagem: Reprodução/YouTube/@cmse_exercito

Colunista do UOL

21/01/2023 18h57

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O novo comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, foi o responsável pela inclusão da mais eloquente expressão contida no famoso tuíte postado pelo ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas-Bôas, antes do julgamento de um habeas corpus que poderia beneficiar o então ex-presidente Lula.

"Asseguro à nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais", dizia o segundo trecho da mensagem publicada pelo general em abril de 2018.

A expressão "repúdio à impunidade" foi uma sugestão do general Tomás, então chefe de gabinete de Villas-Bôas.

Ajudaram a compor o texto do tuíte, além do general Tomás, o então chefe do Estado Maior do Exército e mais tarde ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os generais Ubiratan Poty e Otávio do Rêgo Barros. Na época, o Alto Comando do Exército foi consultado e aprovou a manifestação de Villas-Bôas.

O general Tomás Paiva foi escolhido por Lula para substituir o general Júlio César de Arruda, demitido hoje do comando do Exército. Ao optar por Tomás, Lula, assim como fez o ex-presidente Jair Bolsonaro, não obedeceu o critério de antiguidade, tradicional nas Forças e que determinou a nomeação de Arruda. Pela tradição, o escolhido deveria ser o general Valério Stumpf, chefe do Estado Maior do Exército. Stumpf e ex-secretário-executivo do GSI no governo Temer.