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Briga por São Paulo pode causar a primeira defecção bolsonarista do PL
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Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, pode se transformar no primeiro bolsonarista desgarrado do PL. Deputado federal eleito com 640 mil votos, ele diz que irá deixar o partido em julho caso o seu presidente, Valdemar Costa Neto, não lhe ceda a legenda para ser candidato a prefeito de São Paulo nas eleições municipais do ano que vem.
"Se o meu nome não estiver em destaque nas inserções do PL que começam em junho na TV, no mês seguinte estarei fora", disse a interlocutores. Salles tem afirmado a amigos que, com ou sem o PL, irá "subir no ringue" com Guilherme Boulos (PSOL), hoje o favorito na disputa municipal, segundo as últimas pesquisas.
Valdemar esteve no jantar realizado anteontem em torno da candidatura à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Além dele, compareceram ao encontro os presidentes do PSD, Gilberto Kassab; do Podemos, Renata Abreu; e do PP, Ciro Nogueira.
Na cúpula do PL, a convicção é que de Valdemar nada fará para segurar Salles ou qualquer outro bolsonarista de seu plantel.
Desde que o PL elegeu 99 deputados federais, mais de 40 deles ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o partido tem enfrentado embates internos. A última tentativa de rebelião da ala bolsonarista se deu no mês passado, quando o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança tentou viabilizar seu nome para concorrer à Presidência da Câmara, ameaçando atrapalhar os acordos de Valdemar com o presidente reeleito da Casa, Arthur Lira. O episódio encerrou-se com a promessa de Valdemar de expulsar do partido não só o Príncipe, como é conhecido o deputado, como quem mais insistisse em apoiá-lo.
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