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Ministério da Saúde estima R$ 60 milhões para reconstrução de hospitais no Nordeste

Casas ficam danificadas à beira do rio Canhoto, em São José da Laje (AL); veja mais fotos - Beto Macário/Especial para o UOL
Casas ficam danificadas à beira do rio Canhoto, em São José da Laje (AL); veja mais fotos Imagem: Beto Macário/Especial para o UOL

Camila Campanerut

Do UOL Notícias <BR> Em Brasília

29/06/2010 12h12

Vítimas da enchente de 1988 vivem em presídio abandonado e esperam por casa

  • Maria do Carmo, 57, vai abrigar a irmã que perdeu a casa com a enchente da semana passada; ela vive no presídio que serve de abrigo para cerca de 100 famílias que ficaram desabrigadas pela enchente do rio Mundaú desde 1988 na zona rural


O diretor de vigilância e saúde ambiental do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto, afirmou nesta terça-feira (29) que a previsão preliminar da pasta é de que serão necessários pelo menos R$ 60 milhões para Alagoas e Pernambuco (R$ 30 milhões para cada Estado) apenas para a reconstrução de hospitais.

A avaliação saiu da segunda reunião do gabinete permanente de emergências, que inclui 15 departamentos do Ministério da Saúde, representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Opas (Organização Panamericana de Saúde).

Ontem, foram enviadas 200 mil doses de vacina para Alagoas, 13 mil diluentes e 1.000 unidades de soro antitetânico.

Os medicamentos serão utilizados para o combate de doenças comumente transmitidas em enchentes, como hepatite A, rotavírus, tétano, entre outras.

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Para Pernambuco foram encaminhadas, na semana passada, 11 toneladas de remédios, 500 mil doses de vacina, 15 ambulâncias e 25 mil cartilhas de orientação à população.

Também na semana passada, foram enviadas para Alagoas 5 toneladas de medicamentos, 10 ambulâncias e 20 mil cartilhas de orientação.

Já estão em Alagoas 105 profissionais do ministério, e outros 68 devem chegar ao Estado nos próximos dias. A orientação inicial da pasta é que esses profissionais atuem no local por um período de 10 dias. No entanto, com a previsão de novas chuvas, é possível que esse período seja estendido.

De acordo Guilherme Franco, análises estão sendo feitas diariamente pelo ministério, com a participação de outros órgãos, como a Defesa Civil e as Forças Armadas, para avaliar as próximas medidas emergenciais na área de saúde.

O ministério não soube informar se a verba para reconstrução de unidades médicas fazem parte dos R$ 550 milhões enviadas aos Estados --por meio da Medida Provisória 490, editada há duas semanas-- ou de uma nova MP que o Executivo planeja editar caso haja necessidade de outros recursos para as áreas específicas.