"Mais um inocente; parabéns para vocês", diz pai de adolescente morta em tiroteio
O pai de uma jovem de 14 anos que foi morta durante uma troca de tiros nesta quarta-feira (24) fez um protesto na porta do hospital estadual Getúlio Vargas, no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, contra o trabalho da Polícia Militar.
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“Vocês tem que aprender que não é só bandido que mora em favela não. Minha filha foi baleada no peito, enquanto estava no computador. Mais um inocente. Parabéns para vocês. Parabéns”, disse ele, referindo-se à polícia. Rosângela Barbosa Alves, 14, chegou a ser internada na unidade, mas não resistiu aos ferimentos.
A polícia realiza desde o começo da semana uma megaoperação em comunidades cariocas para combater a onda de violência no Estado. Ao menos 15 suspeitos já foram mortos, segundo último balanço divulgado pela PM. A polícia, entretanto, ainda não contabiliza o número de inocentes mortos durante as ações.
Um balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro por volta das 18h aponta que 19 pessoas deram entrada em hospitais estaduais nesta quarta-feira (24) com ferimentos. Destes, sete morreram durante atendimento.
Somente no hospital Getúlio Vargas, outras três pessoas morreram por ferimentos de bala: um homem de 43 anos, um homem de 60 e um jovem de 29 anos. De acordo com o levantamento da secretaria, outras sete pessoas baleadas foram internadas na mesma unidade –cinco estão em observação e duas tiveram alta.
"Estava no pátio da empresa e os empregados gritaram para que eu entrasse. O caveirão (carro blindado da PM) passou, ouvi os tiros e apenas senti o braço ardendo", disse à agência Estado o empresário Álvaro Lopes, de 81 anos, baleado no braço direito.
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