Novo balanço da polícia do RJ aponta 15 mortos e 31 presos hoje durante onda de violência
A polícia entrou em 28 comunidades nesta quarta-feira (24) para combater a onda de violência que atinge o Rio de Janeiro desde o último domingo, segundo balanço da Polícia Militar. Ao todo, 31 pessoas foram presas hoje. Desde segunda-feira são 112 detidos e 47 mantidos presos.
Moradores tentam se proteger de tiros
Quinze suspeitos foram mortos durante os conflitos com a PM somente nesta quarta. Na segunda-feira foram outros três mortos e na terça-feira, cinco, totalizando 23 mortos desde o começo da semana.
Hoje, oito mortes ocorreram no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense; três na favela Faz-quem-quer, que fica em Rocha Miranda, na zona norte da capital; uma morte na comunidade Tuiuti, em São Cristovão; outra no Jardim Roma, em Mesquita; e uma na comunidade do Jacaré, no Méier. O local da última morte não foi divulgado.
Foram apreendidas 17 armas, entre pistolas e revólveres, 9 fuzis, uma espingarda, uma submetralhadora, uma granada, duas bombas caseiras e grande quantidade de droga, sendo que o Bope apreendeu cerca de 1 tonelada de maconha na Vila Cruzeiro.
Sobre os ataques sofridos desde o último domingo, foram 35 veículos incendiados –apenas hoje foram 14 carros, uma van, sete ônibus e um caminhão.
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Houve registro de incêndios em Cabo Frio, na região dos Lagos. “Temos uma determinada localidade [em Cabo Frio] que pertence a mesma facção que está fazendo este mesmo tipo de ataque na capital”, disse o coronel Lima Castro, coordenador da comunicação social da Polícia Militar, que concedeu uma entrevista coletiva.
A polícia investiga se os ataques estão sendo orquestrados pelas facções criminosas Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). “Em tese, as ordens são do Comando Vermelho", disse ontem o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame.
Operações
Uma determinação do comandante geral da PM, Mário Sérgio Duarte, obriga todos os policiais de folga a retornar para seus batalhões, enquanto que os colegas que já estão trabalhando não poderão voltar para casa até segunda ordem.
De acordo com Lima Castro, o local onde a polícia encontra atualmente mais dificuldade é a região da Vila Cruzeiro, na Penha, no subúrbio do Rio.
Ontem, com a Operação Fecha Quartel, 1.200 policias militares deixaram de fazer serviços burocráticos para ajudarem no policiamento das ruas. Outras medidas adotadas foram a criação do Centro de Inteligência, no 22ºBPM (Maré), para monitoramento de todas as ações, e a entrada em circulação de mais de 300 novas motos para reforçar o patrulhamento.
*Com colaboração de Daniel Milazzo, no Rio de Janeiro
Veja os locais onde veículos foram incendiados no Rio de Janeiro*
- * Dados colhidos a partir das 22h de quinta-feira, 23/11
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