"Má fama" dificulta venda de sítio do goleiro Bruno em Minas Gerais, diz advogado
Colocado à venda há dois meses e meio, a negociação do sítio do goleiro Bruno Souza, localizado em Esmeraldas, Minas Gerais, esbarra em crendices e no fato de ter sido considerado local de cativeiro de Eliza Samudio, diz o advogado incumbido de fazer a venda.
A Polícia Civil mineira afirma que a moça foi confinada no local, antes de ter sido assassinada na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, localizada em Vespasiano (MG).
“As esposas dos interessados têm resistência em apoiar os maridos na concretização do negócio. Elas alegam que a polícia ainda pode fazer buscas no local e escavar a propriedade. Outras afirmam que o local foi palco de uma tragédia e, por fim, outras acham que o fantasma da Eliza vai aparecer por lá”, afirmou Francisco Simim, advogado de Dayanne de Souza, ex-mulher do goleiro.
Ele disse que baixou o preço de venda do imóvel para R$ 800 mil, ante R$ 1,2 milhão feito no anúncio de venda.
Segundo o advogado, a venda está sendo feita de forma consensual entre Bruno e Dayanne. A propriedade, que tem 5.000 metros quadrados, fica em um condomínio fechado e é equipada com piscina e campo de futebol, além de uma casa principal.
O local era utilizado pelo goleiro quando ia a Minas Gerais. Lá eram realizadas festas e partidas de futebol entre amigos. O valor apurado com a transação será dividido meio a meio entre o casal, que ainda não se separou formalmente, segundo o advogado.
“O mineiro geralmente é muito supersticioso. Tenho levado muitas pessoas lá. Eles gostam do lugar, mas na hora H, recuam e não aparecem mais”, disse Simim.
Ele afirmou que o dinheiro apurado com a negociação também servirá para auxiliar a ex-mulher e as filhas de Bruno. Segundo o advogado, ela não recebe ajuda financeira do ex-marido nem do Flamengo, clube pelo qual Bruno atuava.
A advogada de Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza, disse à reportagem do UOL Notícias que entrou com requerimento na 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, pedindo a indisponibilidade do imóvel, assim que soube da intenção de venda do local.
De acordo com a advogada Maria Lúcia Borges, o procedimento já havia sido feito em relação a um apartamento que consta no nome do jogador, localizado no Recreio dos Bandeirantes, no RJ.
“Eu juntei a certidão de comprovação da propriedade do imóvel, e a última notícia que tive é que está concluso para a juíza decidir”, disse.
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