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TJ de Minas Gerais julga hoje recurso da defesa para vetar júri popular do goleiro Bruno

Rayder Bragon<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Belo Horizonte

10/08/2011 07h01

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais julga nesta quarta-feira (10) recurso da defesa do goleiro Bruno Souza, réu no processo sobre o sumiço de sua ex-amante Eliza Samudio. O recurso pede que o goleiro e os demais réus não sejam levados a júri popular.

A determinação de que os oito acusados enfrentem o júri foi feita em dezembro do ano passado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), onde tramitou o processo.

De acordo com a assessoria do tribunal, a audiência que vai analisar o recurso está marcada para começar às 13h30.

De acordo com decisão da juíza de Contagem, além do goleiro, mais três réus aguardam presos a data do júri popular. Outros quatro respondem em liberdade ao processo. Na mesma sessão, os magistrados vão analisar apelação do Ministério Público (MP), que reitera o pedido da pronúncia e ainda quer que os réus sejam incluídos em outros crimes nos quais a juíza entendeu que não cabia a eles.

Réus

Bruno e Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão e braço direito do atleta, vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será julgado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele é apontado pela Polícia Civil mineira como o executor de Eliza.

Atualmente, Bruno e Macarrão estão presos na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.

Já Sérgio Rosa Sales, primo do jogador conhecido como Camelo, está detido na penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (MG), em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana da capital.

Outro primo do goleiro, menor de idade, cumpre medida socioeducativa em Minas Gerais por prazo indeterminado –a cada seis meses a sua situação é reavaliada pela Justiça. A pena poderá se estender por até três anos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, esse é o tempo máximo previsto na lei.

Respondem ao processo em liberdade Dayanne de Souza, ex-mulher do goleiro, Fernanda Castro, ex-amante de Bruno, Elenílson Vítor da Silva, ex-administrador do sítio do goleiro, e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, amigo do atleta.

Eles respondem por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Já Fernanda Castro será julgada por sequestro e cárcere privado de Eliza e do menino.