Em Manaus, La Niña causará chuvas 30% acima da média neste fim de ano, diz Inmet
Boletim do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgado no último dia 1º de novembro alerta que as chuvas na Amazônia Ocidental serão 30% acima da média nos dois últimos meses de 2011 por conta do fenômeno La Niña (esfriamento das águas do Oceano Pacífico).
Segundo a titular do Inmet na Amazônia Ocidental, Lúcia Goulart, chuvas rápidas, porém fortes, com alto nível de descargas elétricas e rajadas de vento, ocorrerão em toda a região, principalmente no centro norte do Amazonas, que inclui Manaus. “Essas chuvas geralmente são de pouco mais de cinco minutos, mas são fortes e vêm acompanhadas de trovões e ventos capazes de causar bastante estrago”, afirmou.
Lúcia citou como exemplo a última grande chuva sobre a capital do Amazonas, ocorrida no dia 10 de outubro passado, com uma precipitação de 20 milímetros em pouco mais de dez minutos.
O Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) registrou ventos de 85,2 km/h. Em alguns pontos da cidade, a temperatura caiu de 35ºC para 15ºC. Foram registrados danos materiais em casas, comércios, edifícios, ruas e avenidas. Não houve vítimas. Em Iranduba (27 km de Manaus), a Defesa Civil registrou destelhamentos de dezenas de casas, mas sem vítimas.
Goulart lembrou que no mês passado, início do fenômeno La Niña, também choveu acima da média na região. Exemplo disso foi em Manaus, onde eram esperados 110 milímetros de chuva no mês. O boletim meteorológico de outubro na cidade foi fechado com 330 milímetros.
A chefe do Inmet destacou ainda que “o pior ainda está por vir” nos próximos meses de janeiro e fevereiro, quando o La Niña atinge seu ápice. “Posso assegurar que a região vai sentir muito os efeitos desse fenômeno. É algo que tem reflexos no mundo todo, e aqui no Brasil, principalmente no semi-árido nordestino, Amazônia ocidental e sul do país”, disse.
Lúcia disse que o Inmet encaminhou todas as informações sobre as precipitações aos órgãos competentes, para que nenhuma cidade seja surpreendida com os temporais. “Já informamos sobre a intensificação em toda a Amazônia Ocidental.Agora cabe aos órgãos competentes efetivar as medidas para prevenir desastres”, afirmou.
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