Filho de Eike tem histórico de multas por excesso de velocidade, mostra telejornal
O filho mais velho do empresário Eike Batista, Thor Batista, que atropelou um ciclista na rodovia Washington Luís (BR-040), na Baixada Fluminense, no último sábado (17), já foi multado ao menos nove vezes desde que começou a dirigir, em dezembro de 2009. A informação foi divulgada em reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira (19), que teve acesso ao sistema de consultas de multas do Detran do Rio.
Carro dirigido por Thor tinha potência de um "fórmula 1"
Entre setembro e dezembro de 2010, Thor cometeu cinco infrações, todas por excesso de velocidade. No ano de 2011 foram mais seis multas --o filho de Eike ainda pode recorrer a duas, que também são por excesso de velocidade.
O UOL tentou contato com a assessoria de Thor, mas ninguém atendeu o telefonema. Ao Jornal Nacional, a assessoria disse que as multas não têm ligação com o acidente e que, no momento da colisão, ele dirigia dentro do limite de velocidade.
O atropelamento foi registrado por volta das 19h30 de sábado na rodovia Washington Luís, próximo a Xerém. Wanderson Pereira dos Santos, 30, estava de bicicleta e foi atingido pela Mercedes-Benz SLR McLaren conduzida pelo filho do bilionário. Wanderson morreu no local.
O filho de Eike deve prestar depoimento à polícia do Rio nesta quarta-feira (21). Segundo a assessoria do grupo EBX, comandando por Eike, o depoimento acontecerá às 15h de quarta na 61ª Delegacia de Polícia (Duque de Caxias).
Thor estava em companhia de um amigo no momento do atropelamento. Após o acidente, eles foram a um posto da Polícia Rodoviária Federal próximo ao local do acidente e pediram socorro. Os dois foram submetidos ao teste do bafômetro, cujo resultado deu negativo, e foram liberados.
O advogado Cléber Carvalho Rumbelsperger, que representa a família do ciclista, afirmou que testemunhas confirmam ter visto a vítima trafegando pelo acostamento momentos antes de ser atropelado.
Segundo a Polícia Civil do Rio, o carro do empresário foi liberado logo após o atropelamento, após o advogado assinar um termo de responsabilidade se comprometendo a não adulterar as condições do veículo. Ainda não foram divulgados, no entanto, resultados de perícia, que podem indicar a velocidade em que o carro estava no momento do acidente.
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