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Também atingida, mãe de jovem esfaqueada na cabeça pelo pai recebe alta em Americana (SP)

Katerine foi atingida após tentar apartar briga dos pais - Reprodução
Katerine foi atingida após tentar apartar briga dos pais Imagem: Reprodução

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas

26/09/2012 16h07

A dona de casa Josenilda Witkoski, de 43 anos, esfaqueada no abdome pelo marido, o médico Elton Andreis Witkoski, 45, no apartamento da família, em Americana (126 km de São Paulo), recebeu alta no fim da manhã desta quarta-feira (26) do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. A filha do casal, Katerine Witkoski, de 19 anos, que também foi atacada pelo pai, teve alta na tarde de sábado (22).

Após a dupla tentativa de homicídio, o médico morreu ao se jogar do sétimo andar do prédio em que morava com a família. Katerine esteve na Delegacia da Mulher da cidade para pegar a requisição para exame de corpo de delito na terça-feira (25) e prestou depoimento informal.

A jovem contou que o pai arrombou a porta do quarto e esfaqueou as vítimas sem dizer nada. As duas estariam trancadas no cômodo aguardando o homem pegar seus pertences do imóvel e ir embora.

“Ela relatou que estava trancada no quarto com a mãe por medo, já que tinham registrado queixa contra ele. Foi então que ele entrou esmurrando a porta e começou a atacá-las, sem dizer nada. Uma foi defender a outra e as duas acabaram esfaqueadas”, disse a delegada Regina Castilho Cunha.

A estudante também contou, segundo a delegada, que o pai teria se trancado no quarto enquanto a Guarda Armada Municipal de Americana socorria ela e sua mãe e, depois disso, se jogado da varanda da sala.

Casado há 22 anos, o médico era usuário de álcool e remédios controlados. O casamento estava complicado havia dez anos, segundo o boletim de ocorrência. Ainda segundo a polícia, o médico foi ao apartamento da mulher para buscar alguns objetos pessoais que havia deixado no imóvel após a separação.

Por decisão da Justiça, o agressor deveria manter distância de ao menos 200 metros das duas. Nos 15 dias anteriores à tragédia, as vítimas registraram três ocorrências por agressão contra ele. “Na quarta-feira (19) foi solicitada medida protetiva, e ele foi intimado a comparecer à Delegacia da Mulher da cidade na sexta-feira, dia do crime", disse a delegada.