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Decisão se ré do Caso Yoki, Elize Matsunaga, vai a júri popular deve sair em 2013

Felipe Amorim

Do UOL, em São Paulo

12/11/2012 15h12

A decisão sobre se Elize Matsunaga, 30, será julgada por júri popular pelo assassinato de seu marido, Marcos Matsunaga, 42, só deverá ser conhecida em 2013, devido às fases processuais que precisam ser cumpridas.

Caso a justiça determine o júri popular, o desfecho do caso poderá ser conhecido apenas no segundo semestre de 2013, pois o tempo estimado para a realização de um júri pela Justiça paulista é de seis meses após a publicação da decisão.

No tribunal do júri, sete jurados decidem sobre a culpa ou a inocência do acusado. Depois, a pena, em caso de condenação, é fixada pelo juiz.

Elize é ré confessa e está presa desde 4 de junho no Complexo Penitenciário de Tremembé (138 km de São Paulo).

Ela é acusada de ter assassinado e esquartejado o marido no último dia 19 de maio, no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, e ter jogado os pedaços do corpo dele em locais distintos de Cotia, na Grande São Paulo.

Segundo a defesa de Elize, ela matou o marido após uma discussão na qual teria sido agredida por ele. A briga do casal começou porque ela teria descoberto uma traição de Marcos e, ainda segundo a defesa, temia ficar sem a guarda da filha em uma eventual separação do casal.

Nesta segunda-feira (12), está sendon realizada a segunda audiência de instrução do processo no Fórum Criminal na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na qual serão ouvidas cinco testemunhas.

Na segunda-feira (26), a justiça do Paraná deverá tomar o depoimento, por carta precatória, de uma testemunha de defesa em Curitiba.

Na audiência, a defesa de Elize não aceitou a proposta do juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Tribunal do Júri, de dispensar o depoimento da testemunha de Curitiba. A medida iria permitir que Elize fosse interrogada já na audiência desta segunda-feira.

Outras cinco testemunhas foram ouvidas na primeira audiência, realizada na última quarta-feira (7), e outras quatro de fora do Estado de São Paulo foram ouvidas por carta precatória. Dois depoimentos ainda não foram tomados pela justiça.

Nesta segunda-feira, a suposta amante do empresário Marcos Matsunaga, Nathália Vila Real, não compareceu a audiência.

Apenas depois de ouvidas as testemunhas, o juiz poderá interrogar Elize. Em seguida, defesa e acusação têm 15 dias de prazo para apresentar as alegações finais. Somente depois de concluídas estas etapas, o juiz anuncia sua decisão. O judiciário paulista estará de recesso entre os dias 20 de dezembro e 6 de janeiro.