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Primeira vítima da onda de violência em SC é suspeito de tentar incendiar um ônibus em Itapema

Renan Antunes de Oliveira

Do UOL, em Florianópolis

15/11/2012 21h20

Jeferson Belo, suspeito de ser um dos dois homens que tentaram incendiar um ônibus às 16h de hoje, em Itapema (70 km ao norte de Florianópolis), foi morto após trocar tiros com a Polícia Militar. A corporação confirmou que a morte de Belo é a primeira relacionada à onda de violência que atinge o Estado de Santa Catarina desde a última segunda-feira (12)

Belo e um homem ainda não identificado são suspeitos pelo ataque ao ônibus da Viação Praiana, no bairro Salseiros, em Itapema. A Polícia Militar e os bombeiros chegaram poucos minutos depois que os dois suspeitos jogaram gasolina no motorista do veículo e tentavam incendiar o veículo.

Segundo informações da PM, os suspeitos atiraram contra o carro da polícia, sem atingir os policiais, que revidaram o ataque com tiros. No revide, Belo foi ferido com seis tiros, mas o outro suspeito conseguiu escapar. Na operação, uma adolescente que dava apoio aos suspeitos foi presa.

Belo chegou a ser levado para o hospital Santo Antônio, em Blumenau, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 17h30, segundo informações prestadas pela Polícia Militar.


Entenda como o ataque aconteceu

Segundo testemunhas, os suspeitos do ataque pararam o ônibus atravessando uma moto à sua frente. Em seguida, quebraram um vidro e jogaram gasolina dentro do veículo, encharcando o motorista. O homem, que não teve sua identidade revelada, saiu sem ferimentos.

Pelas características, este pode ser considerado o caso mais violento entre os 40 incidentes já registrados pela PM desde a segunda-feira (12), dos quais 20 foram ataques a ônibus. Foi também apenas o segundo dos ataques à luz do dia.

A adolescente foi entregue pela PM a agentes da força-tarefa criada para prevenir os ataques. A onda de violência no Estado já deixou quase 60 presos, mas a Polícia Civil de Santa Catarina mantém sigilo sobre as informações obtidas durante o depoimento dos suspeitos.