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Contador da empresa do pai de Gil Rugai será 1ª testemunha no 3º dia de júri

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

20/02/2013 11h05

A primeira testemunha de defesa a depor nesta quarta-feira (20), terceiro dia do júri popular de Gil Rugai, será o contador Edson Tadeu de Moura. Ele trabalhava para a Referência Filmes, do empresário Luiz Carlos Rugai, pai do réu morto em 2004 junto com a mulher.

Moura foi chamado pelos advogados de defesa na expectativa de provar aos jurados que Gil Rugai não teria efetuado desfalques na empresa do pai, tese apontada pela acusação como a motivação dos crimes.

O contador é uma das dez testemunhas esperadas para hoje --entre as quais, o ex-sócio de Rugai em uma agência nos Jardins, Rudi Otto, o jornalista Valmir Salaro, da Rede Globo, e o irmão do réu, Léo Rugai.

Um segundo contador da empresa da vítima também será ouvido, assim como uma antropóloga.

Entenda o caso

O ex-seminarista Gil Rugai, 29, é acusado de tramar e executar a morte do pai, o empresário Luiz Carlos Rugai, 40, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, 33, em 28 de março de 2004.

O casal foi encontrado morto a tiros na residência onde morava no bairro Perdizes, zona oeste de São Paulo.

Segundo a acusação, o crime foi motivado pelo afastamento de Gil Rugai da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de R$ 100 mil e, por isso, teria sido demitido do departamento financeiro.

Durante as perícias do crime foram encontrados indícios que, segundo a acusação, apontam Gil Rugai como o autor do crime. Um deles foi o exame da marca de pé deixada pelo assassino numa porta ao tentar entrar na sala onde Luiz Carlos tentou se proteger.

O IC (Instituto de Criminalística) realizou exames de ressonância magnética no pé de Rugai e constatou que havia lesões compatíveis com a marca na porta.

Outra prova que será apresentada pela acusação foi uma arma encontrada, um ano e meio após o crime, no poço de armazenamento de água da chuva do prédio onde Gil Rugai tinha uma agência de publicidade.

O exame de balística confirmou que as nove cápsulas encontradas junto aos corpos do empresário e da mulher partiram dessa pistola.

O sócio de Rugai afirmou que ele mantinha uma arma idêntica em uma gaveta da agência de publicidade e que não a teria visto mais lá no dia seguinte aos assassinatos.

Gil Rugai chegou a ser preso duas vezes, mas foi solto por decisões da Justiça.