Manifestante detido em protesto contra tarifa de ônibus no Rio pagou fiança de R$ 678
As 31 pessoas detidas na noite de segunda-feira (10) durante protesto contra o aumento da passagem de ônibus para R$ 2,95 no Rio de Janeiro --ocorrido no dia 1º-- foram liberadas na mesma noite, de acordo com o delegado adjunto da 5ª DP, Antonio Ferreira Bonfim, que registrou a ocorrência. Apenas um manifestante foi autuado em flagrante, por dano ao patrimônio público. Sávio Dias Spanner, 18, pagou fiança de um salário mínimo (R$ 678) e vai responder pelo crime em liberdade.
A manifestação aconteceu no centro da capital fluminense. Dentre os detidos, havia nove menores, que foram entregues aos pais e responsáveis.
31 são presos durante protesto contra tarifa de ônibus
De acordo com o delegado, o protesto foi encerrado por volta das 20h30 e todos os envolvidos já haviam sido liberados às 23h40. Segundo ele, Sávio foi o único autuado em flagrante porque foi apontado pelos policiais militares que participaram da dispersão da manifestação como o autor da depredação de um veículo da PM.
"Os policiais contaram que ele arremessou uma pedra contra a motocicleta da polícia. Ele negou, mas os testemunhos dos PMs já foram suficientes", explicou.
O delegado disse que instaurou um inquérito para investigar a participação dos outros 21 detidos maiores de idade em crimes de dano ao patrimônio público, arremesso de artefato em via pública e desobediência. Outro procedimento foi instaurado para verificar a conduta dos nove menores de idade envolvidos na manifestação.
Protesto
PREJUÍZO
23
Lixeiras foram destruídas durante a passeata, segundo a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana)
8
Lixeiras foram removidas dos postes pelos manifestantes. O prejuízo financeiro para a Comlurb foi de R$ 1.610
31
Pessoas foram presas no decorrer da manifestação, sendo a maioria por depredar o patrimônio público
O protesto mobilizou cerca de 300 pessoas e causou tumulto no centro da cidade, a partir das 17h30. O grupo se concentrou nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, e seguiu dali pela rua Evaristo da Veiga rumo à avenida Presidente Antônio Carlos.
Quando os manifestantes chegaram na frente do Fórum, a PM interveio. Foram usadas bombas de efeito moral e balas de borracha. Os manifestantes atiraram pedras contra os policiais.
A confusão assustou comerciantes, que fecharam as portas de seus estabelecimentos, e pedestres que caminhavam pela região.
Manifestações pelo Brasil
O transporte coletivo e suas tarifas vêm sendo alvos de protestos, manifestações e ações judiciais em várias capitais brasileiras desde o início de 2013. Em Fortaleza, as passagens foram reajustadas de R$ 2 para R$ 2,20, depois reduzidas de R$ 2,20 para R$ 2 e, em seguida, voltaram a custar R$ 2,20.
CONFRONTO COM A PM
Policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto com os manifestantes em trecho da avenida Primeiro de Março. A PM utilizou bombas de efeito moral e spray de pimenta
Em Natal, estudantes foram às ruas protestar depois que a prefeitura anunciou aumento de R$ 2,20 para R$ 2,40, em maio. Um mês depois, uma portaria reduziu o valor da tarifa para R$ 2,30.
Em São Paulo não foi diferente. No último dia 2 de junho, as tarifas de ônibus e metrô subiram para R$ 3,20. No dia seguinte, manifestantes foram às ruas protestar contra o aumento. Cinco dias depois, atos de vandalismo foram registrados durante manifestação na região central da cidade.
Em Goiânia, a tarifa foi reajustada de R$ 2,70 para R$ 3. Houve protestos. Uma liminar determinou que o valor voltasse a R$ 2,70, mas não foi cumprida. E Florianópolis enfrenta uma greve do transporte coletivo, com paralisação de 100% dos ônibus. Cerca de 400 mil pessoas ficaram sem transporte coletivo. As tarifas na capital catarinense são de R$ 2,90.
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