Delegado inicia fase de reconstituição do desaparecimento de Amarildo em favela do Rio
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou nesta terça-feira (6) a fase de reconstituição do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, 42, morador da Rocinha, favela da zona sul da cidade, que não é visto desde que foi abordado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local, no dia 14 de julho.
Desde a manhã desta terça, o titular da delegacia especializada, Rivaldo Barbosa, está na comunidade a fim de realizar uma prévia da reconstituição, por meio do qual pretende confrontar informações relatadas pelos 14 policiais militares que prestaram depoimento no dia anterior. Ainda hoje, a DH ouve mais quatro agentes da UPP Rocinha.
O local periciado, que está no perímetro do trajeto que teria sido percorrido por Amarildo no dia em que ele desapareceu, foi isolado pela equipe da Divisão de Homicídios --a imprensa não teve acesso. Barbosa afirmou que realizará ainda nesta tarde outras diligências na comunidade.
Polícia Civil busca pistas
"Estamos iniciando um trabalho de verificação e fazendo perícias para ajudar no dia da reconstituição. Vamos tentar estabelecer a rotina e quais foram os últimos passos de Amarildo", afirmou Barbosa. "È uma investigação muito complexa, não descarto nenhuma hipótese", completou.
O delegado informou ainda que a fase final da reconstituição, isto é, a simulação dos eventos e circunstâncias relacionadas ao sumiço do morador da Rocinha, deve ocorrer até o fim desta semana.
No total, a Polícia Civil já ouviu 20 testemunhas sobre o caso que ganhou destaque na mídia depois de sucessivos protestos cujo slogan, "Cadê o Amarildo?", tornou-se bandeira de movimentos sociais e políticos --principalmente em atos contra o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
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