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Em reunião com índios no Rio, secretária de Cabral manda PM deixar o local

Grupo voltou a ocupar área o antigo prédio do Museu do Índio, que fica no complexo esportivo do Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro - Fabio Teixeira/UOL
Grupo voltou a ocupar área o antigo prédio do Museu do Índio, que fica no complexo esportivo do Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro Imagem: Fabio Teixeira/UOL

Carolina Farias

Do UOL, no Rio

06/08/2013 18h26

A reunião entre a secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, indígenas e manifestantes que voltaram a ocupar o antigo prédio do Museu do Índio, ao lado do estádio do Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (6), quase foi interrompida em função da chegada de pelo menos 60 policiais militares ao local.

Porém, após conversar com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a representante do governo estadual ordenou que os PMs deixassem a entrada do imóvel, dando prosseguimento à negociação com o grupo.

Segundo o tenente-coronel Mário Andrade, destacado pelo comando da corporação para coordenar a ação da polícia em manifestações, a presença da PM foi justificada pelo fato de que o serviço reservado obteve informações de que o grupo anarquista "Black Bloc" tentaria fechar a Radial Oeste para protestar contra o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).

Aos índios, a secretária Adriana Rattes afirmou que Beltrame teria respondido a ela que não sabia da presença da PM nas imediações do antigo prédio Museu do Índio. Nesse momento, o secretário de Segurança estava reunido com sua equipe para definir o novo comandante-geral da PM. O escolhido foi o coronel José Luís Castro Menezes.

Passada a tensão, após a saída da polícia, indígenas e manifestantes conversam com Rattes sobre a possibilidade de permanecer no local até sábado (10), quando seria feita uma nova reunião.