Polícia e Ministério Público procuram cães retirados de laboratório
Encontrar os 178 cachorros da raça beagle retirados de um laboratório de São Roque (66 km de São Paulo) é a prioridade da polícia e do Ministério Público. De acordo com o promotor de justiça da cidade, Wilson Velasco Júnior, os animais precisam ser examinados.
“É importante verificar se eles estão saudáveis ou podem causar algum dano à saúde de outros animais ou até mesmo das pessoas”, diz.
Os animais foram retirados do Instituto Royal durante a madrugada desta sexta-feira (18) por um grupo de ativistas, que protestava contra maus-tratos em frente ao local. Mesmo com a presença da polícia, as pessoas entraram e retiraram os cachorros que estavam presos em gaiolas.
O instituto realiza testes com produtos cosméticos e farmacêuticos não só nos cães, como também em coelhos e ratos.
De acordo com o promotor de justiça, os manifestantes, durante a invasão, destruíram todas as provas que poderiam haver no local, por isso é importante encontrar os cachorros.
“Apenas exames poderão mostrar se eles foram ou não vítimas de maus tratos, como dizem as denúncias”, analista. “Por enquanto a polícia não sabe para onde os animais foram levados.”
De acordo com os ativistas, a denúncia era de que os cachorros estavam sendo sacrificados com métodos cruéis desde o dia 14. O mesmo instituto já tinha sido alvo de outras denúncias ao Ministério Público. O promotor explicou que, na época, foram realizadas duas visitas ao local, mas nada de irregular foi encontrado.
O Instituto Royal, por meio de seu advogado, nega qualquer tipo de irregularidade. Os representantes deixam claro que a empresa está devidamente registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que trabalha conforme as determinações legais.
O laboratório onde os cães eram deixados foi totalmente depredado pelos manifestantes. O prejuízo ainda não foi avaliado pelos proprietários.
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