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Jovem encontrada morta no Paraná foi estuprada, aponta laudo; suspeito cometeu suicídio

Aline Moreira, 18, foi morta quando ia de SC para o PR de carona com o namorado da mãe, o mecânico José Ademir Radol, preso no último dia 4 de outubro - Facebook
Aline Moreira, 18, foi morta quando ia de SC para o PR de carona com o namorado da mãe, o mecânico José Ademir Radol, preso no último dia 4 de outubro Imagem: Facebook

Rafael Moro Martins

Do UOL, em Curitiba

24/10/2013 15h38

A adolescente Aline Moreira, 18, encontrada morta no último dia 1º, em Rio Negro (117 km ao sul de Curitiba), sofreu violência sexual antes ou depois de morrer, informou nesta quinta-feira (24) o delegado responsável pelo caso, Sérgio Alves. A conclusão está em laudo de necropsia elaborado pelo IML (Instituto Médico Legal) do Paraná.

“Ela morreu por traumatismo cranio-encefálico, causado por instrumento pontiagudo, provavelmente uma chave de roda, e sofreu violência sexual, confirmada pela presença de sêmen na cavidade vaginal”, disse o delegado.

Segundo ele, “não há nenhuma dúvida” de que o autor do crime é o mecânico José Ademir Radol, 48, que era namorado da mãe de Aline. Radol foi preso no último dia 4 em Santa Cecília (a 331 km de Florianópolis).

Na mesma noite, Radol foi encontrado morto em sua cela, enforcado numa corda feita de lençóis, popularmente conhecida como “teresa”.

São as contradições nos depoimentos de Radol que dão ao delegado a certeza de que ele é o culpado.

“Ele disse que deixou a moça às 18h [da sexta-feira, 27 de setembro, dia em que ela desapareceu após pegar carona com o mecânico para Curitiba] na Rodovia do Xisto [em Araucária, próximo a Curitiba]. Mas, às 21h do mesmo dia, duas testemunhas conversaram com ele e a moça [Aline] no local do crime, a 40 metros do local onde encontramos o corpo dela. E a chave do carro, que ele disse que tinha perdido, foi encontrada sob o corpo”, disse Alves.

Agora, o delegado aguarda laudo do IML para confirmar o possível suicídio de Radol, hipótese que considera provável. “Apuramos que dois detentos o provocaram para que se matasse. Se for confirmado, eles vão responder pelo crime de auxiliar, instigar ou induzir alguém ao suicídio.”

Família reconhece corpo de Aline Moreira

O caso

Aline desapareceu após sair de Mafra (SC, cidade conurbada a Rio Negro), de carona com Radol, com destino a Curitiba, onde visitaria o namorado.

A mãe dela, Leonilda Kurlapski, contou a polícia que recebeu horas depois uma mensagem de Aline, pelo telefone celular, pedindo socorro. O corpo da jovem foi encontrado, nu, numa da Fazendinha, zona rural de Rio Negro.

De acordo com a polícia, Radol era namorado da mãe de Aline há alguns meses. Com ela, usava o nome de Márcio Melo. Quando a jovem sumiu, o suspeito disse a Leonilda que a deixou na rodovia do Xisto, próximo a Curitiba, onde o carro teria quebrado. Em seguida, fugiu.

A polícia encontrou Radol em Santa Cecília, cidade às margens da BR-116, que liga Curitiba a Porto Alegre, e que também passa por Rio Negro e Mafra. Ele foi preso na casa de uma irmã que vive na cidade.