Jovem encontrada morta no Paraná foi estuprada, aponta laudo; suspeito cometeu suicídio
A adolescente Aline Moreira, 18, encontrada morta no último dia 1º, em Rio Negro (117 km ao sul de Curitiba), sofreu violência sexual antes ou depois de morrer, informou nesta quinta-feira (24) o delegado responsável pelo caso, Sérgio Alves. A conclusão está em laudo de necropsia elaborado pelo IML (Instituto Médico Legal) do Paraná.
“Ela morreu por traumatismo cranio-encefálico, causado por instrumento pontiagudo, provavelmente uma chave de roda, e sofreu violência sexual, confirmada pela presença de sêmen na cavidade vaginal”, disse o delegado.
Segundo ele, “não há nenhuma dúvida” de que o autor do crime é o mecânico José Ademir Radol, 48, que era namorado da mãe de Aline. Radol foi preso no último dia 4 em Santa Cecília (a 331 km de Florianópolis).
São as contradições nos depoimentos de Radol que dão ao delegado a certeza de que ele é o culpado.
“Ele disse que deixou a moça às 18h [da sexta-feira, 27 de setembro, dia em que ela desapareceu após pegar carona com o mecânico para Curitiba] na Rodovia do Xisto [em Araucária, próximo a Curitiba]. Mas, às 21h do mesmo dia, duas testemunhas conversaram com ele e a moça [Aline] no local do crime, a 40 metros do local onde encontramos o corpo dela. E a chave do carro, que ele disse que tinha perdido, foi encontrada sob o corpo”, disse Alves.
Agora, o delegado aguarda laudo do IML para confirmar o possível suicídio de Radol, hipótese que considera provável. “Apuramos que dois detentos o provocaram para que se matasse. Se for confirmado, eles vão responder pelo crime de auxiliar, instigar ou induzir alguém ao suicídio.”
Família reconhece corpo de Aline Moreira
O caso
Aline desapareceu após sair de Mafra (SC, cidade conurbada a Rio Negro), de carona com Radol, com destino a Curitiba, onde visitaria o namorado.
A mãe dela, Leonilda Kurlapski, contou a polícia que recebeu horas depois uma mensagem de Aline, pelo telefone celular, pedindo socorro. O corpo da jovem foi encontrado, nu, numa da Fazendinha, zona rural de Rio Negro.
De acordo com a polícia, Radol era namorado da mãe de Aline há alguns meses. Com ela, usava o nome de Márcio Melo. Quando a jovem sumiu, o suspeito disse a Leonilda que a deixou na rodovia do Xisto, próximo a Curitiba, onde o carro teria quebrado. Em seguida, fugiu.
A polícia encontrou Radol em Santa Cecília, cidade às margens da BR-116, que liga Curitiba a Porto Alegre, e que também passa por Rio Negro e Mafra. Ele foi preso na casa de uma irmã que vive na cidade.
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