Prefeitura de SP quer incluir 400 novas vias no rodízio municipal
A Prefeitura de São Paulo pretende incluir cerca de 400 novas vias, correspondendo a 371 km, no esquema de rodízio municipal de veículos. A previsão é que a medida comece a vigorar entre março e abril deste ano.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2014/01/09/o-que-voce-acha-da-ampliacao-do-rodizio-em-sao-paulo.js
A proposta foi apresentada nesta quinta-feira (9) pelo secretário municipal de Transportes e presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Jilmar Tatto.
A ideia ainda será discutida pelo Conselho Municipal de Trânsito e Transporte da cidade de São Paulo no próximo dia 15 de janeiro.
“Todos nós sabemos que essas são medidas paliativas. O que é preciso é investir em transporte público”, disse Tatto ao apresentar o projeto.
De acordo com a proposta, o rodízio seria expandido para diversas grandes avenidas que fazem ligação entre bairros. O novo modelo permite que o motorista cruze as vias com restrição sem ser multado.
Os horários de restrição -- das 7h às 10h e das 17h às 20h -- seriam mantidos, assim como a regra das placas -- cada veículo fica impedido de circular um dia por semana nos horários de pico.
Centro expandido da cidade de São Paulo
Mapa mostra a atual área de restrição a veículos na capital paulista
Seriam incluídas no rodízio vias como: as avenidas Aricanduva e Radial Leste, na zona leste; as avenidas Professor Francisco Morato, Eliseu de Almeida e Escola Politécnica, na zona oeste; as avenidas Braz Leme, Engenheiro Caetano Álvares e Inajar de Souza, na zona norte; e as avenidas João Dias, Interlagos e Washington Luís, na zona sul.
Com as mudanças, a prefeitura espera aumentar em 8,5% a velocidade média em São Paulo no horário de pico da manhã, que passaria dos atuais 18,9 km/h para 20,5 km/h.
Atualmente, a restrição à circulação de veículos vigora no chamado centro expandido, que engloba uma área de 150 quilômetros quadrados. A região é delimitada pelas marginais Tietê e Pinheiros, avenidas dos Bandeirantes e Afonso D'Escragnole Taunay, complexo viário Maria Maluf, avenidas Tancredo Neves e Juntas Provisórias, viaduto Grande São Paulo e avenidas Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf.
Estudo
A proposta apresentada pela prefeitura tem como base um estudo realizado pela CET no primeiro semestre do ano passado. A companhia analisou diversas ideias, como aumentar a quantidade de placas com restrição por dia, acabar com o rodízio ou ampliá-lo para toda a cidade.
"[A proposta] que mais se adequou à cidade, que mais trouxe conforto ao motorista de carro foi a ampliação do rodízio para as grandes avenidas [...] permitindo que o motorista possa transitar de um bairro para o outro sem ter a restrição do rodízio", afirmou Tatto.
Segundo o secretário, a ideia de ampliar o rodízio para toda a cidade foi descartada porque traria mais prejuízos que benefícios ao motorista. "Ampliar o rodízio para a cidade toda restringe de tal forma que aumenta o desconforto do motorista", falou.
O secretário disse ainda que a medida pretende amenizar o problema da lentidão no trânsito da cidade. Em novembro do ano passado, a CET registrou um congestionamento recorde de 309 km, o maior da história. Tatto reconheceu que a proposta tem prazo de validade.
"Nós sabemos que esta medida daqui a cinco a dez anos terá um efeito muito pequeno. A solução é evitar o uso do carro e o investimento em transporte público", diz.
Desrespeitar o rodízio implica em infração de trânsito de nível médio. A multa aplicada é de R$ 85,13 e há acréscimo de quatro pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
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