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Policiais da comitiva de Dilma são detidos em Natal em blitz da lei seca

A presidente Dilma Rousseff chuta bola durante inauguração do estádio Arena Dunas - Roberto Stuckert/Presidência da República/AFP
A presidente Dilma Rousseff chuta bola durante inauguração do estádio Arena Dunas Imagem: Roberto Stuckert/Presidência da República/AFP

Aliny Gama

Do UOL, no Recife

23/01/2014 18h42

Uma blitz da lei seca realizada em Natal flagrou três policiais federais do Gabinete de Segurança da Presidência da República dirigindo após ingerir bebida alcoólica, nesta quinta-feira (23), após a inauguração do estádio Arena das Dunas, que teve a presença da presidente Dilma Rousseff (PT), que ocorreu na quarta-feira (22).

Na ação, a PM (Polícia Militar) prendeu 17 pessoas e apreendeu 79 CNHs (Carteira Nacional de Habilitação).

Segundo o tenente da PM Styvenson Valentim, entre os detidos estão três são policiais que fazem parte da segurança de Dilma – dois policiais federais e um policial rodoviário federal. Os nomes não foram divulgados.

A blitz foi realizada entre 1h e 5h da madrugada desta quinta-feira (23), na avenida engenheiro Roberto Freire, na zona sul da capital potiguar, próximo a bares e restaurantes bastante frequentados.

Valentim disse que grupo de policiais da comitiva de Dilma tentaram justificar a ingestão de bebida alcoólica alegando que “tinham saído para comemorar o sucesso do esquema de segurança da presidente Dilma, que fizeram durante inauguração do Arena das Dunas”.

Eles se recusaram a fazer o teste de alcoometria e foram levados para a Delegacia de Plantão da Zona Sul, no bairro Pirangi, onde tiveram as carteiras de habilitação apreendidas.

Segundo o policial, um dos detidos chegou a dizer que era da equipe de Segurança da Presidência da República e negou-se a fazer o teste.

"Ele quis mostrar a carteira da segurança da Presidência, mas não quisemos ver, porque o que está sendo analisado ali é o teste do bafômetro" , disse o tenente.

O UOL entrou em contato com a Casa Civil e com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, mas até a publicação deste texto ninguém havia se posicionado sobre o assunto.