Polícia prende suspeito por morte de universitária em Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira (5) que indiciou Benedito Mauro Divino, 26, por suspeita de seu envolvimento no estupro e no assassinato da estudante universitária  Déborah Eliza Magalhães Oliveira, 18, em agosto do ano passado na cidade de Itajubá (448 km de Belo Horizonte).

Segundo a assessoria da polícia, o delegado Pedro Henrique Bezerra concluiu o inquérito sobre o caso no último dia 24 de janeiro, indiciando Benedito Mauro Divino por roubo, estupro e homicídio triplamente qualificado. O homem está no presídio da cidade, mas nega o crime.

De acordo com a polícia, exame de DNA feito em material colhido na vítima (sêmen) comprovou que a amostra era idêntica à do suspeito.

Conforme a investigação, Divino, que já estava cumprindo pena por roubo e furto, teria cometido o assassinato ao ser beneficiado com uma saída temporária em razão do dia dos pais, entre os dias 10 e 16 de agosto. O corpo da vítima foi encontrado no dia 15 daquele mês.

Segundo a polícia, o suspeito cometeu o crime e retornou à prisão normalmente. No dia 30 de agosto de 2013, Divino foi solto em regime condicional.

A PC-MG afirmou ter chegado ao suspeito em razão de ele ter cometido outro estupro na cidade, em outubro de 2013, tendo sido reconhecido pela vítima e preso em seguida.

De acordo com a assessoria, o delegado responsável pelo caso desconfiou da participação do homem, que seria usuário de crack, na morte de Déborah Oliveira por causa da semelhança entre os dois casos.

A assessoria não soube precisar a data do encerramento do inquérito, mas divulgou o resultado nesta quarta-feira (5). O UOL não conseguiu contato com advogado do suspeito.

Relembre o caso

Segundo a polícia, o corpo de Déborah Eliza Magalhães Oliveira foi localizado no dia 15 de agosto de 2013 em um terreno onde havia uma construção, no bairro Morro Chic, com sinais de violência.

Um morador de rua chegou a ser detido na região por suspeita de participação no crime, revelou à época a Polícia Militar de Minas Gerais.

Com o homem foram encontradas peças de roupas íntimas femininas que estavam dentro de uma mochila, mas,com o decorrer das investigações, foi comprovado que as roupas não eram da estudante.

Conforme a ocorrência, Déborah havia ido para a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) no dia do seu desaparecimento. No entanto, por volta das 21h20, ela teria dito aos colegas que iria embora por causa de um resfriado. Não foi mais vista. Familiares contaram aos policiais que ela sempre fazia a pé o trajeto entre a universidade e a sua casa.