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Prefeitura de Curitiba pede à Justiça suspensão imediata da greve de ônibus

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/02/2014 22h31Atualizada em 27/02/2014 22h37

A Prefeitura de Curitiba (PR) informou na noite desta quinta-feira (27) que acionou a Justiça do Trabalho com pedido de suspensão imediata da greve de ônibus na capital e região metropolitana, tendo em vista que os rodoviários fecharam o Terminal do Pinheirinho --um dos mais importantes da cidade.

A Prefeitura entende que o fechamento do terminal é uma quebra do acordo firmado ontem (26) em reunião de conciliação na sede do TRT e reafirmado no encontro de hoje, de que os rodoviários manteriam 30% da frota circulando em horários regulares e 50% nos horários de pico (das 6h às 8h; e das 17h às 19h30).

A medida foi determinada pela desembargadora Ana Carolina Zaina, do TRT, e aceita pela categoria. O não cumprimento dessa medida implica o pagamento de multa de R$ 100 mil por período.

Ainda de acordo com a Prefeitura, com o descumprimento da medida por parte dos rodoviários, o órgão, agora, pleiteia na Justiça a antecipação de uma noda rodada de negociações, que aconteceria apenas na próxima quinta-feira (6) para esta sexta-feira (28).

Hoje, terminou sem acordo a segunda reunião de conciliação com os rodoviários de Curitiba (PR), que estão em estado de greve há dois dias, nesta quinta-feira (27), na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), no centro da cidade.

O Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba) não aceitou a proposta do Ministério Público de 8,5% de reajuste salarial para motoristas de ônibus e 10,5% para os cobradores –a categoria pleiteia, entre outras coisas, reajuste salarial de 16% para motoristas e 22% para cobradores, mais a inflação.

Com a greve, a Urbs mantém o esquema de transporte alternativo, com mais de 470 veículos cadastrados, incluindo 22 micro-ônibus e 214 vans. As vans estão autorizadas a cobrar até R$ 6.

Hoje, mais cedo, os rodoviários chegaram a aprovar uma proposta de reajuste feita pelo TRT em audiência com a categoria e o sindicato das empresas de transporte. Aprovada por unanimidade, a proposta da justiça previa aumento de 10,5%, abono de R$ 300 e vale alimentação de R$ 400.

Se tivesse sido aceito também pelos empresários, na audiência de hoje à tarde, o reajuste teria colocado fim à greve de ônibus na capital paranaense, que afeta 2,3 milhões de usuários.

Também na assembleia, o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, chegou a dizer que até lá a greve continua por tempo indeterminado. A proposta precisa ser ratificada pelos representantes do Setrans (Sindicato das Empresas de Transporte).

Feita pela vice-presidente do TRT, desembargadora Ana Carolina Zaina, a proposta foi um avanço nas negociações entre empresários e motoristas e cobradores. Os trabalhadores pediam aumento salarial real de 16% para motoristas e 22% para cobradores, entre uma lista de 77 reivindicações. O Setrans oferecia 5,26%, ou seja, a correção da inflação pelo INPC.