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Com paralisação de rodoviários, metrô e trem terão capacidade máxima, no RJ

Do UOL, em São Paulo

27/05/2014 20h11Atualizada em 28/05/2014 09h31

Metrô e trem vão operar com capacidade máxima, na manhã desta quarta-feira (28), por conta da paralisação de motoristas e cobradores de ônibus do Rio de Janeiro, que começa a partir da meia-noite, e deve durar 24h. A decisão foi tomada em assembléia realizada na noite desta terça-feira (27), quando cerca de 150 rodoviários se reuniram na Candelária para votar sobre o movimento.

O intervalo reduzido entre as composições, nos trens, foi antecipado em 1h30 e vai começar às 4h30. Haverá reforço na operação dos trens que saem de Bangu, Campo Grande, Deodoro e Madureira. Os trens começam a circular às 4h.

No metrô, a operação para reduzir o intervalo entre as composições foi antecipada em 1 h e terá inicio às 5h30. As mudanças para a tarde nos trens e metrôs serão feitas de acordo com a quantidade de passageiros. O metrô começa a circular às 5h.

As modificações afetarão também as barcas. O intervalo entre as embarcações serão reduzidos a partir das 6h30, com partidas de Cocotá. O horário foi antecipado em 30 minutos. Haverá ainda um aumento da oferta de lugares, com partidas simultâneas e embarcações de maior capacidade.

A Polícia Militar vai garantir a segurança na saída de garagens, nas estações do BRT Transoeste e nos terminais de ônibus para aqueles que optarem por não aderir à paralisação, segundo informou a Prefeitura do Rio. Agentes da Guarda Municipal e controladores de trânsito reforçarão a operação nas ruas.

Paralisação

Os rodoviários decidiram parar pela terceira vez em menos de um mês após audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na qual não entraram em acordo com as empresas de ônibus. Eles reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400.

Em comunicado ainda antes da decisão, o Sintraturb Rio (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro) se posicionou contra o movimento, que ocorre à revelia dos líderes sindicais. De acordo com o documento, a movimentação "mostra somente o desespero e a falta de sensibilidade dos dissidentes que tiveram sua proposta de 40% de reajuste rejeitada".

"Em nenhum momento o Sintraturb foi procurado pelos líderes do movimento para encaminhar a reabertura da negociação junto aos empresários do setor, nem com a inclusão de novas propostas", afirmou o vice-presidente do sindicato, Sebastião José.

Nas últimas paralisações de rodoviários no Rio, além de transtornos para os passageiros, que ficaram sem ter como se deslocar principalmente da zona oeste para o centro da cidade, e centenas de ônibus foram depredados.

O sindicato que representa as empresas de ônibus no Rio de Janeiro, Rio Ônibus, informou em nota que vai pedir para a Justiça decretar a abusividade e a suspensão imediata da paralisação dos rodoviários.

"O Rio Ônibus considera uma afronta à Justiça e à sociedade a proposta de uma nova paralisação organizada por um grupo dissidente de 150 rodoviários, que, desrespeitando decisões judiciais e recorrendo à violência, poderá novamente interromper um serviço essencial à população, causando grandes prejuízos à cidade do Rio de Janeiro”, disse a nota.