Servidores em greve não aceitam reajuste, e prefeitura de BH dá ultimato
A Prefeitura de Belo Horizonte resolveu endurecer as negociações com servidores em greve após a categoria ter rechaçado índice de reajuste salarial de 7%, dividido de duas vezes, e informou que a oferta somente terá validade até esta sexta-feira (30).
Em assembleia realizada na quinta-feira (29) a categoria rechaçou a oferta da administração municipal e optou pela manutenção da paralisação, iniciada no dia 6 deste mês. Os trabalhadores reivindicam um índice de 15% nos salários.
Pela proposta da prefeitura, os vencimentos seriam reajustados em 3,5% em julho e o restante do índice seria aplicado na folha de pagamento de novembro deste ano. A prefeitura informou que o reajuste recusado pelos servidores representaria um impacto financeiro de R$ 75 milhões a mais na folha de pagamento em 2014.
Houve também a oferta de um abono aos servidores escalonado em quatro faixas de remuneração, que iria de R$200 a R$ 600, a ser pago em dezembro deste ano e aumento do vale-refeição para R$18,50.
Em nota, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) informou que a rejeição à proposta “por não repor as perdas salariais registradas pela categoria nos últimos anos”. Eles querem também um vale-refeição no valor de R$ 28.
A assembleia dos trabalhadores da administração municipal foi feita durante a manhã de ontem, na porta da prefeitura, e complicou o tráfego de veículos na Avenida Afonso Pena, uma das mais movimentadas da cidade. Os grevistas fecharam os dois sentidos da via por algumas horas.
Outra reunião está marcada para o próximo dia 4 do mês que vem. Nessa assembleia, de acordo com comunicado do Sindibel, os trabalhadores irão “discutir possíveis novas propostas da PBH e votar pela continuidade, ou não, da paralisação dos serviços públicos municipais”.
Liminar determina escala miníma no atendimento médico
O sindicato ainda informou que está orientando os servidores da saúde municipal a cumprir integralmente a liminar judicial deferida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) que determinou escala mínima de 70% dos trabalhadores das unidades de pronto-atendimento e 50% nos centro de saúde.
A decisão foi dada no dia 22 deste mês e prevê multa diária de R$ 20 mil ao sindicato em caso de descumprimento.
Em balanço divulgado na quinta-feira (29), a Prefeitura de Belo Horizonte informou que houve paralisação parcial em 125 escolas (66% do total) e total em nove escolas (5%). O funcionamento foi normal em 54 unidades de ensino (29%).
Nas escolas infantis, denominadas Umeis, houve funcionamento parcial em 46 unidades (57% do total), e quatro permaneceram fechadas (5%). Por outro lado, 31 escolas infantis funcionaram normalmente (38%).
Ainda conforme o boletim, a prefeitura informou que, apesar de 20,4% do total de funcionários da saúde não ter comparecido aos postos de trabalho “nenhuma unidade de saúde deixou de funcionar por causa da greve”.
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