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Justiça do RJ determina júri popular a acusados de matar cinegrafista

Do UOL, no Rio

19/08/2014 21h03

Os jovens Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa, acusados pela morte do cinegrafista da "Band" Santiago Andrade, em fevereiro desse ano durante uma manifestação na Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, irão a júri popular. A data do julgamento ainda vai ser definida pelo juiz da 3ª Vara Criminal do Rio, Murilo Kieling. A informação foi divulgada nesta terça-feira (19).

Souza e Barbosa foram identificados como os responsáveis pelo fornecimento e pelo acionamento, respectivamente, do rojão que atingiu o cinegrafista enquanto este filmava o protesto.

De acordo com a denúncia, os jovens colocaram o rojão de vara no chão, junto a um canteiro e em meio a grande número de pessoas, e o acenderam. Ao ser atingido, o profissional da "Band" sofreu uma fratura do crânio com hemorragia intracraniana e laceração encefálica. Ele morreu após quatro dias hospitalizado.

Souza e Barbosa respondem por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com uso de explosivo e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima). O juiz decidiu manter os réus presos. A data do júri somente será marcada após o julgamento dos possíveis recursos impetrados pela defesa.

Desde que foram presos, os jovens tiveram vários pedidos de habeas corpus negados pela Justiça, tanto no Tribunal de Justiça do Rio quanto no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A exceção foi o alvará de soltura concedido pelo desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Rio, que beneficiou 23 ativistas investigados por supostos atos de violência em manifestações. No entanto, eles continuam presos justamente por serem réus no processo da morte de Santiago Andrade.