Último manifestante ainda preso após protestos em São Paulo ganha liberdade
Preso desde o dia 2 de julho, o motorista João Antonio Alves de Roza foi solto na última sexta-feira (22), após pedido feito pela Defensoria Pública de São Paulo. A soltura de Roza, no entanto, só foi divulgada nesta quinta-feira (28). Ele é o último manifestante a ser libertado em São Paulo.
Roza foi envolvido no caso durante a investigação de danos materiais a uma concessionária de carros importados, na marginal Pinheiros, próximo à ponte Eusébio Matoso, ocorridos durante um protesto ocorrido na capital paulista no dia 19 de junho.
Em julho, a polícia identificou o acusado como a pessoa que aparece segurando um extintor de incêndio e atirando o equipamento contra a vitrine da empresa, segundo análise de imagens de câmeras de segurança. No entanto, como não houve queixa da concessionária prejudicada – como exige o Código Penal –, o manifestante responderá apenas a processo por associação criminosa.
“Nada mais justifica a permanência do réu no cárcere. Remanesce apenas o crime de associação criminosa cuja pena, acaso ocorra condenação, permite a concessão de benefícios legais, reforçando a inconveniência, agora, da manutenção da prisão preventiva", disse o juiz André Carvalho e Silva de Almeida, da 30ª Vara Criminal da capital, em sua decisão.
Outros quatro manifestantes que foram presos este ano em protestos na capital paulista - o professor Jefte Rodrigues do Nascimento, o jovem Henrique Lima da Silva, o professor Rafael Lusvarghi e o servidor do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) Fábio Hideki Harano - também foram colocados em liberdade, nas últimas semanas, por decisão judicial.
A manifestação do dia 19 de junho foi convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) para marcar um ano dos protestos que impediram a elevação nos preços do transporte público. A intenção do movimento era fazer uma passeata da praça do Ciclista, na avenida Paulista, até a arginal Pinheiros, onde haveria uma festa para celebrar a conquista do ano passado. Eles reivindicam tarifa zero.
Durante o trajeto, a presença da Polícia Militar (PM) foi pequena. Houve danos a, pelo menos, três agências bancárias e três concessionárias de veículos de luxo.
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