Protestos por moradia bloqueiam vias no centro e zona oeste de SP

Um protesto do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) bloqueou o cruzamento da avenida Giovani Gronchi com a rua Clementino Brener, na zona oeste de São Paulo, por volta das 19h, nesta quinta-feira (18).

Segundo a PM (Polícia Militar), 200 pessoas colocaram fogo em lixo e entulhos e impedem a passagem de carros no trecho, próximo à divisa com Taboão da Serra.

O protesto foi feito por um grupo da ocupação Chico Mendes, localizada ao lado de um condomínio de luxo da região, alvo do protesto. De acordo com os manifestantes, ele foi construído em uma ZEIS, área de interesse social destinada por lei à construção de moradias sociais.

"Esse terreno do condomínio era para nós, mas foi destinado para a elite e a gente ficou sem casa", afirmou Josué Rocha, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

Viaduto do Chá

No centro da capital, um grupo formado por cerca de 150 moradores da favela do Moinho fechou parcialmente o viaduto do Chá, no centro da capital, por volta das 18h30, reivindicando uma reunião com o prefeito Fernando Haddad.

Parte do tráfego de carros e ônibus foi prejudicado. Segundo a PM, os moradores já desistiram de se reunir com algum representante da prefeitura, que não atendeu aos protestos, e seguem de volta à favela pela avenida Rio Branco.

O grupo reivindica luz, água e esgoto na favela. "Quando ele [Fernando Haddad] foi na comunidade foi bem recebido, aqui ele nunca abriu a porta para nós. É a sexta vez que estamos vindo aqui", disse Alessandra Moja, moradora do Moinho e uma das líderes do local. Segundo os manifestantes, durante a campanha, Haddad fez várias promessas que não foram cumpridas.