Após acordo por mais segurança, ônibus voltam a circular em São Luís
Após os rodoviários suspenderem temporariamente os trabalhos na noite de ontem por conta da insegurança na região, os ônibus das linhas de São Luís e da região metropolitana, no Maranhão, que atendem mais de 700 mil pessoas, voltaram a circular na manhã desta quinta-feira (2). A retomada do transporte coletivo ocorreu depois de uma reunião entre a SSP (Secretaria de Segurança Pública) e o SET (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros) e o Sttrema (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado do Maranhão).
No encontro, a secretaria tentou mostrar que a polícia está respondendo aos ataques a ônibus -- três pessoas acusadas de incendiar os dois ônibus foram presas e três adolescentes, apreendidos. Um outro suspeito foi morto durante troca de tiros com os agentes.
“A polícia conseguiu prender os envolvidos na ação criminosa e temos que continuar confiando no sistema de segurança”, disse o presidente do SET, José Luiz de Oliveira Medeiros, ao explicar a decisão de cancelar a paralisação.
Na manhã de quarta-feira (1º), dois ônibus foram incendiados por criminosos nos bairros Recanto dos Vinhais e Piquizeiro (próximo ao Anil). Até agora já são 18 ônibus queimados desde a retomada dos ataques a coletivos, no sábado (20), quando quatro ônibus e um microônibus foram incendiados em São José de Ribamar (região metropolitana de São Luís). Ninguém ficou ferido.
Em nota, a SSP garantiu o reforço do policiamento na região metropolitana de São Luís, mas não informou o número de efetivo que estará nas ruas a partir desta quinta-feira. Homens da Força Nacional de Segurança patrulham a capital desde segunda-feira (29) a pedido do governo do Estado.
A polícia já sabe que os ataques foram ordenados por presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, que há quase um ano vive uma enorme crise devido a brigas entre líderes de facções criminosas e a retaliações a ações do governo.
Em 3 de janeiro, quatro ônibus foram atacados a mando de presos de Pedrinhas em retaliação a uma operação da PM (Polícia Militar) dentro das unidades prisionais. Cinco pessoas ficaram feridas, sendo uma delas a menina Ana Clara Santos Souza, 6, que morreu com 95% do corpo queimado. Desde então, vários episódios de violência relacionados ao presídio foram registrados na capital.
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