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Protesto de MTST e CUT por 'reformas populares' reúne 12 mil em São Paulo

Manifestantes se concentram no vão livre do Masp, na avenida Paulista, em São Paulo, para a Marcha Popular pelas Reformas, nesta quinta-feira (13). A marcha, organizada por movimentos sindicais e sociais, reivindica reformas estruturais como urbana, agrária, tributária e a democratização dos meios de comunicação, além da realização de uma constituinte para reforma do sistema político - Fernando Zamoura/ Futura Press/Estadão Conteúdo
Manifestantes se concentram no vão livre do Masp, na avenida Paulista, em São Paulo, para a Marcha Popular pelas Reformas, nesta quinta-feira (13). A marcha, organizada por movimentos sindicais e sociais, reivindica reformas estruturais como urbana, agrária, tributária e a democratização dos meios de comunicação, além da realização de uma constituinte para reforma do sistema político Imagem: Fernando Zamoura/ Futura Press/Estadão Conteúdo

Márcio Neves

Do UOL, em São Paulo

13/11/2014 19h19Atualizada em 13/11/2014 22h11

Movimentos sociais, entre eles o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), realizaram um entre o final da tarde e o início da noite desta quinta-feira (13) por algumas das principais avenidas de São Paulo.

De acordo com policiais militares que acompanharam o ato, cerca de 12 mil pessoas participaram. Os organizadores estimaram em 15 mil. Segundo a PM, não foram registradas ocorrências.

O ato teve início por volta de 17h30 no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista. Um outro protesto, que começou pouco mais cedo na praça Oswaldo Cruz, no começo da avenida Paulista, se incorporou ao ato do Masp.

Os ativistas seguiram pela avenida Paulista até a rua Augusta, percorreram ruas do Jardins, área nobre da capital paulista, e depois seguiram pela avenida Rebouças e rua da Consolação. O ato terminou por volta de 20h45 na praça Roosevelt, no centro.

Os manifestantes exigiram a realização de “reformas populares”, como a reforma política, urbana, tributária, além da democratização da comunicação e a desmilitarização da segurança pública.

Os ativistas também defenderam a convocação de um plebiscito e de uma constituinte eleita exclusivamente para fazer uma reforma política que proíba o financiamento empresarial de campanha e amplie a participação popular, entre outras mudanças. Atos semelhantes ocorreram em outras capitais do país, como Recife e Fortaleza.

Além de organizações sem-teto e entidades sindicais, a manifestação reuniu movimentos sociais como a CMP (Central de Movimentos Populares), PSTU, Levante Popular da Juventude e o Juntos!, ligado ao PSOL. Luciana Genro, candidata do PSOL à Presidência, esteve presente.

A manifestação também foi convocada para fazer frente aos recentes protestos organizados por setores insatisfeitos com a vitória de Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais. 

Guilherme Boulos, integrante da coordenação nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e colunista da "Folha de S. Paulo", disse, durante o protesto de hoje, que o PSDB tem responsabilidade pelos atos, que incluíram pedidos de impeachment da presidente e até intervenção militar. Nova manifestação dos setores anti-Dilma está prevista para ocorrer no sábado (15), na avenida Paulista.

Outro protesto foi realizado pelo movimento “Lute pela Água” --surgido recentemente, em meio à crise hídrica em São Paulo-- na Radial Leste.

Trânsito e chuva

Em função do protesto e da chuva que atingiu a capital paulista nesta quinta, a lentidão no trânsito da capital paulista ficou bem acima da média. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), havia, às 19h, 218 km de vias congestionadas. A média histórica para o horário é de 115 a 173 km –a CET monitora cerca de 5% das vias da cidade.