Promotora pede reabertura da investigação do caso Isabella Nardoni
O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) que reabra o inquérito policial que investigou o caso da menina Isabella Nardoni, morta aos 5 anos, em 2008.
O pedido foi enviado nesta terça-feira (16) pela promotora Kátia Peixoto Villani Pinheiro Rodrigues. A assessoria de imprensa do Ministério Público confirmou o envio nesta quarta (17).
O pedido é motivado pelo depoimento de uma nova testemunha. Ela denunciou a suposta relação do advogado Antônio Nardoni, avô de Isabela, com a morte da neta.
A testemunha é funcionária do presídio de Tremembé, no interior paulista, onde Anna Carolina Jatobá, madrasta da vítima, cumpre pena.
Em reportagem exibida pelo programa “Fantástico”, da “TV Globo”, no último dia 7, a funcionária disse que Anna assumiu ter batido em Isabella no carro do casal. Após uma série de agressões, a menina teria ficado inerte no apartamento da família, na zona norte de São Paulo.
Anna e Alexandre Nardoni, pai de Isabella, teriam, então, imaginado que a menina já estava morta. Segundo a testemunha, Anna disse que naquele momento ligou para o sogro Antônio para pedir ajuda. Ele teria sugerido que os dois simulassem um acidente com a menina.
Em seguida, Alexandre jogou a filha pela janela. Depois, teria entrado em estado de choque ao saber que a garota ainda estava viva. Mas Isabella não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ouvido pelo “Fantástico”, o advogado Antônio Nardoni negou qualquer envolvimento com o crime. A reportagem do UOL tentou fazer contatos com ele e com o advogado Roberto Podval, que o representa, mas não obteve retorno.
Anna Jatobá foi condenada a 26 anos de cadeia; e Alexandre Nardoni, a 31 anos.
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