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São Paulo está sob racionamento, diz Alckmin

Alckmin participa de cerimônia de posse do novo comandante da Polícia Militar - Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Alckmin participa de cerimônia de posse do novo comandante da Polícia Militar Imagem: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

14/01/2015 12h25Atualizada em 15/01/2015 09h46

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que há racionamento de água em São Paulo. Nesta quarta-feira (14), o tucano declarou que o racionamento existe desde que a ANA (Agência Nacional de Águas) determinou, em 2014, a redução da captação do sistema Cantareira.

"O racionamento já existe quando a ANA determina que você que tem que reduzir de 33 para 17 [metros cúbicos por segundo] no Cantareira. É obvio que você já está em restrição. Está mais do que explicitado", disse durante a posse do novo comandante da Polícia Militar.

Por meio de assessoria de imprensa, o governo do Estado informou que o racionamento imposto pela ANA não é repassado ao consumidor.

A ANA é uma agência vinculada ao governo federal, mas a redução da captação também foi determinada pelo DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica), vinculado ao governo estadual.

O Estado enfrenta uma crise de abastecimento de água há pelos menos um ano. Porém, em nenhum momento de 2014, quando Alckmin se reelegeu no primeiro turno, o governo estadual reconheceu que havia racionamento.

A declaração de Alckmin vem um dia depois de a Justiça barrar a proposta do governo estadual de cobrar uma sobretaxa de quem aumentar o consumo de água. A Justiça tomou a decisão exatamente porque o governo não vinha admitindo o racionamento.

A juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara da Fazenda Pública, entendeu que o governo do Estado deveria ter adotado o racionamento oficial de água antes de aplicar a sobretaxa. Alckmin prometeu apresentar recurso contra a decisão, mas rejeitou a ideia de decretar oficialmente o racionamento. “Não tem que ter decreto”, disse.

A proposta do governo prevê uma sobretaxa de 40% para quem consumir até 20% a mais da média registrada entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 e de 100% quando o consumo excede mais do que 20% da média.

O Estado enfrenta uma crise de abastecimento de água há pelos menos um ano. Porém, em nenhum momento de 2014, quando Alckmin se reelegeu no primeiro turno, o governo estadual reconheceu que havia racionamento.

Lista de bairros

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) publicou em sua página na internet nesta quarta-feira (14) uma lista com todos os bairros da Grande São Paulo afetados pela redução de pressão nas tubulações de água. Também é a primeira vez que as regiões afetadas são divulgadas. A lista de bairros tem 17 páginas.

Relembre o que Alckmin falou, em 2014, sobre a falta de água