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Funcionários do metrô e da CPTM decidem parar na próxima semana

Trabalhadores do Metrô de São Paulo aprovam greve da categoria no próximo dia 27 - Paulo Iannone/Frame/Estadão Conteúdo
Trabalhadores do Metrô de São Paulo aprovam greve da categoria no próximo dia 27 Imagem: Paulo Iannone/Frame/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/05/2015 21h16Atualizada em 21/05/2015 10h10

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu, em assembleia na noite desta quarta-feira (20), deflagrar greve a partir da 0h do próximo dia 27 de maio. A paralisação será total e no mesmo dia haverá uma nova assembleia para decidir os rumos da greve.

Cerca de 9.800 metroviários deverão aderir à greve. A categoria reivindica reajuste salarial de cerca de 17% (8,24% para repor a inflação e 9,49% de ganho real), além de reajuste do vale-refeição em 10,08% e que o vale-alimentação passe de R$ 290 para R$ 422,84, entre outros pedidos. O Metrô ofereceu reajuste de 7,21%.

Mais cedo, funcionários da CPTM também decidiram, em assembleia realizada nesta noite, entrar em greve a partir da 0h da próxima quarta-feira (27).

Os ferroviários pedem reajuste de 7,89% para cobrir a diferença da inflação, mais 10% de aumento real, além de mudanças nos valores de vale-refeição e vale-alimentação e um montante maior a ser recebido pelos funcionários no Programa de Participação nos Resultados (PPR). A CPTM oferece 6,65% de aumento no salário.

A última paralisação dos metroviários de São Paulo ocorreu em junho de 2014, às vésperas da abertura da Copa do Mundo, na capital paulista. O movimento durou cinco dias e na época resultou na demissão de 42 trabalhadores por parte do governo paulista.

Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que "lamenta a decisão arbitrária do Sindicato dos Metroviários e de três dos quatro sindicatos que representam os empregados da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que decidiram pela greve, em assembleias realizadas na noite desta quarta-feira".

"Embora a STM respeite o direito de greve, a paralisação do sistema metroferroviário prejudicará mais de 7,5 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede de trilhos paulista para chegar ao trabalho, à escola, ao médico, à rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos", informou a nota da secretaria.

"As empresas ofereceram reajuste baseados no IPC-Fipe, de acordo com a data-base de cada categoria. A STM confia na responsabilidade dos empregados do Metrô e da CPTM para garantir a prestação de serviço aos seus usuários."