Polícia transfere 2 presos por estupro para presídio de Bangu; 7º suspeito é procurado
Presos ontem (30), os dois suspeitos de participação no estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, no Rio de Janeiro, serão transferidos nesta terça-feira para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste carioca.
De acordo com a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), Lucas Perdomo Duarte Santos, 20, --jogador de futebol do Boavista, clube do interior fluminense-- e Raí de Souza, 22, ficarão na cadeia José Frederico Marques.
Policiais da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), responsável pela investigação, ainda buscam cumprir quatro mandados de prisão contra Michel Brasil, Raphael Belo, Marcelo Corrêa e Sergio Luiz da Silva Junior. Esse último, conhecido como "Da Rússia", é apontado como chefe do tráfico do morro da Barão, onde ficava a casa em que a menina foi estuprada.
O sétimo suspeito do crime foi identificado ontem e está sendo procurado, mas ainda não é considerado foragido da Justiça. O nome dele não foi divulgado.
Lucas e Raí passaram a noite na Cidade da Polícia, na zona norte carioca. O primeiro foi detido quando se preparava para dar uma entrevista a jornalistas em um restaurante do centro do Rio. Já Raí se entregou voluntariamente. Ambos negam ter participado do crime.
Raí disse ter tido relações sexuais com a adolescente de 16 anos, mas que não houve estupro. Em depoimento à polícia, na última sexta-feira (27), ele disse ter gravado, com o celular, um vídeo da vítima nua e desacordada.
As imagens tiveram grande repercussão nas redes sociais durante a semana passada. Depois, o suspeito afirmou ainda que estava no local no momento da gravação, mas que esta teria sido feita por um traficante da área.
O advogado de Lucas, Eduardo Antunes, disse acreditar que não há fundamento jurídico para a prisão do jogador de futebol. "Ele não tem nada a ver com o estupro. Estava com ela na noite anterior e se relacionou com uma amiga, e o Raí [de Souza] se relacionou com ela. Era um local público, se alguém foi, depois que ele saiu, ele não tem como saber", disse. O atleta havia sido apontado como namorado da vítima.
Segundo relato da adolescente, que foi inserida no programa de proteção à testemunha por medida de segurança, ela foi drogada e estuprada por um grupo de homens, após ter ido visitar o namorado em uma comunidade conhecida como "morro da Barão". De acordo com a primeira versão da jovem, quando ela acordou após ser dopada, viu cerca de 30 homens armados de pistolas e fuzis em um imóvel.
A delegada da DCAV, Cristina Bento, que substituiu o delegado Alessandro Thiers, titular da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), declarou na segunda que tem certeza da ocorrência de crime. "Minha convicção é de que houve estupro", disse, em entrevista coletiva. "Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina".
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