Rio Acre tem menor nível desde 1970; 9 cidades em situação de emergência
O governo federal reconheceu, nesta quinta-feira (4), situação de emergência em nove municípios do Acre por conta da seca histórica que atinge o Estado. Nesta manhã, segundo a Defesa Civil Estadual, o rio Acre atingiu o menor nível desde 1970, quando começaram as medições: 1,41 metro.
O baixo índice acontece um ano e cinco meses depois da maior cheia da história do rio, que deixou um rastro de destruição no Estado.
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu, segundo portaria publicada hoje no Diário Oficial da União, a situação de emergência em Acrelândia, Assis Brasil, Brasileia, Bujari, Epitaciolândia, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco e Xapuri.
O governo do Estado já havia decretado situação de emergência em toda Bacia do Rio Acre no dia 7 de julho, quando pôs em prática o Plano de Contingência de Abastecimento. Segundo o governo, o déficit de chuvas no Estado chega a 400 milímetros nos últimos meses (cada milímetro corresponde a um litro de água em um 1m²).
Em menos de um ano e meio, o Acre viveu situações extremas contrárias. Em março de 2015, o rio Acre atingiu o maior nível da história: 18,4 metros, o que desabrigou mais de 10 mil pessoas somente na capital e atingiu 24 mil residências e pontos comerciais, numa área equivalente a 4.500 campos de futebol.
Pode piorar
Segundo o Instituto de Mudanças Climáticas, não há previsão de chuva forte para os próximos 45 dias no Acre.
O governo informou que a prevê que o rio chegue a 1,25 metro em 15 dias, o que complicaria o abastecimento de água --já que a captação de água fica exatamente nessa altura.
Para garantir o abastecimento de Rio Branco, o governo diz que estuda construir uma barragem para manter a captação de água. Uma campanha contra o desperdício de água também foi lançada para que a população ajude.
O baixo nível da água causa também problemas de navegação do rio, que em muitos pontos não permite mais a passagem de barcos.
Queimadas
Outro problema grave causado pela seca é o aumento no número de queimadas. Segundo o Corpo de Bombeiros, este ano foram 1.200 chamados para focos urbanos e florestais, contra 500 no mesmo período do ano passado.
Entre julho e agosto, foram 533 queimadas segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.
Nesta sexta-feira (5) uma reunião será uma realizada com o pessoal de saúde do Estado e de Rio Branco e debater as doenças respiratórias que atingem moradores nesse período.
Também será assinado um termo de cooperação técnica entre a Polícia Militar, Bombeiros e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para ações conjuntas de fiscalização e educação ambiental em assentamentos.
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