Topo

Dilma: prisão de líder do MTST "criminaliza defesa dos direitos sociais"

17.jan.2017 - Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), detido no 49 DP, em São Mateus, zona leste de São Paulo - Janaina Garcia/UOL
17.jan.2017 - Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), detido no 49 DP, em São Mateus, zona leste de São Paulo Imagem: Janaina Garcia/UOL

Do UOL, em São Paulo

17/01/2017 12h14Atualizada em 17/01/2017 13h46

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) considerou "inaceitável" a prisão de Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), ocorrida na manhã desta terça-feira (17).

O líder nacional do movimento foi detido durante reintegração de posse de um terreno em São Mateus, na zona leste da capital paulista, por "incitação a violência e desobediência", segundo a Polícia Militar.

"Os movimentos sociais devem ter garantidos a liberdade e os direitos sociais, claramente expressos na nossa Constituição cidadã, especialmente, o direito à livre manifestação", declarou em sua página no Facebook.

"Prender Guilherme Boulos, quando defendia um desfecho favorável às famílias da Vila Colonial em São Paulo, evidencia um forte retrocesso. Mostra a opção por um caminho que fere nossa democracia e criminaliza a defesa dos direitos sociais do nosso povo", acrescentou.

Em nota divulgada mais cedo sobre o ocorrido, a Política Militar informou que atendeu o pedido para apoiar os oficiais de Justiça no cumprimento da reintegração de posse e que, após tentativa frustrada de negociação dos oficiais com as famílias, os moradores resistiram à reintegração de posse com pedras, tijolos, rojões e barricadas com fogo. 

Segundo informações da Polícia Civil, dois integrantes do MTST, Guilherme Boulos e José Ferreira Lima, foram detidos e encaminhados ao 49º DP (São Mateus). 

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo repetiu --também em nota-- as informações repassadas pela Polícia Militar e destacou que a PM agiu para garantir o cumprimento da ordem judicial. Além disso, afirmou a dupla foi detida acusada também de participar de ataques com rojão contra a PM.