Brasileiros dizem por que são contra a greve
A sexta-feira (28) foi marcada por uma greve geral e protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência defendidas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). Diversas capitais brasileiras amanheceram sem transporte público. Em algumas cidades, houve manifestações e a intervenção da Polícia Militar.
Movimentos sociais, sindicatos e partidos de oposição afirmam que os projetos retiram direitos dos trabalhadores ao alterar pontos da CLT (Consolidação das Lei do Trabalho) e endurecer as regras para conseguir a aposentadoria.
O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, em entrevista ao UOL, criticou as paralisações feitas em todo o país desde as primeiras horas da manhã. “Pode até haver quem tenha aderido, mas o que quero dizer é que não teve a expressão que se anunciava. Numa greve geral, as consequências e a visibilidade certamente são outras, não a que nos percebemos. Essas paralisações são muito pontuais”, afirmou o ministro.
O UOL foi às ruas de algumas capitais para ouvir o que as pessoas acharam da greve. Veja a seguir o que os contrários à paralisação disseram. Clique aqui para ler os argumentos dos favoráveis.
Por que sou contra a paralisação desta sexta
"Sindicatos estão somente defendendo os seus interesses"
O advogado Ronaldo Carolo, 62 anos, criticou a manifestação de hoje. "Trata-se de uma mentira, já que os sindicatos estão somente defendendo os seus interesses, especialmente na reforma trabalhista com o fim do imposto sindical", disse. Na opinião dele, a reforma trabalhista vai melhorar a situação econômica do país e, como consequência, a dos trabalhadores.
"PT é o culpado pela situação do país"
Dona de uma farmácia na zona sul de Belo Horizonte, a empresária Cláudia Socorro Cruz de Souza Mattos credita a atual situação do país aos governos do PT. Ela não concorda com a greve. “Essa greve geral é feita pelos 'PTs'. Pelos partidos de esquerda”, diz Cláudia. “Foram eles [governos petistas] que causaram todo esse mal ao país. Agora, estão reivindicando o quê?”
"É preciso manter o direito de ir e vir das pessoas"
A guia de turismo Maiza Carvalho, 42, foi cedo ao aeroporto de Guarulhos (Grande São Paulo) pegar um voo para Palmas com algumas amigas. Ela precisou chegar três horas antes por medo dos protestos. "Não acho válido [a realização da greve] porque é preciso manter o direito de ir e vir das pessoas", disse.
"Podiam ter feito no 1º de Maio"
No Rio, a cozinheira Lúcia Santos, 54, criticou a mobilização e defendeu que o protesto fosse organizado na próxima segunda. "Acho que não vai adiantar nada, diante da crise. Podiam ter feito isso tudo na segunda-feira, que é Dia do Trabalhador [1º/5]. Está um caos. Ninguém consegue chegar em casa e no trabalho."
"Não é justo com quem quer transporte"
O estudante de engenharia civil de São Paulo João Carlos, 23, afirma haver outras formas de protesto. "Não é justo que o trabalhador que queira um transporte não tenha. Afinal, não é ele o responsável. O brasileiro precisa aprender é a votar, escolher melhor os governantes", diz.
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