Criminosos armados com fuzis atacam caminhão dos Correios e roubam carga no Rio
Um caminhão dos Correios foi atacado por homens armados na zona norte do Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (4). Criminosos armados com um fuzis interceptaram o veículo, que estava próximo ao centro de distribuições da empresa, em Benfica, e o levaram até o morro do João, onde a mercadoria foi distribuída para moradores da comunidade.
Policiais militares da região, que conta com uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), chegaram a trocar tiros com os criminosos. O caminhão e parte da carga foram recuperados.
A UPP informou que o policiamento no local foi reforçado. A PM tenta localizar os assaltantes.
De acordo com os Correios, há áreas na cidade com “restrição de entrega” devido à violência. Em nota, a empresa informou que trabalha desde 2016 com escolta armada no Estado.
O roubo de carga no Rio de Janeiro cresceu cerca de 25% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado e é uma das principais preocupações do governo. Ao todo, foram registradas 4.148 ocorrências entre janeiro e junho de 2016 contra 5.179 em 2017, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública.
No dia 28 de julho, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e os ministros da Defesa, Raul Jungmann (PPS), e da Justiça, Torquato Jardim, anunciaram um plano específico para combater o roubo de cargas.
Desde a semana passada, ao menos 10 mil militares reforçam o policiamento no Estado, como parte do Plano Nacional de Segurança no Rio de Janeiro. Ocorrências de roubos de carga, como a verifica hoje, foram registradas após militares deixarem as rusa do Rio ao final da primeira etapa do plano, chamada de reconhecimento de área.
Na manhã desta sexta (4), o ministro da Defesa afirmou que não há como as Forças Armadas permanecerem nas ruas todo o tempo.
Segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), em cinco anos, o prejuízo decorrente do roubo de carga no Brasil passa de R$ 6 bilhões. No Rio de Janeiro, a estimativa é que o preço de alguns produtos fique 20% mais caro por causa do delito e as transportadoras chegaram a ameaçar uma paralisação, caso o problema não seja resolvido.
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