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Comandante faz teste e põe todos os homens da Rota de uma vez nas ruas de SP

Operação batizada de "Tolerância Zero" acontece em todas as regiões de São Paulo - Jorge Araujo/Folhapress
Operação batizada de "Tolerância Zero" acontece em todas as regiões de São Paulo Imagem: Jorge Araujo/Folhapress

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

23/08/2017 10h00Atualizada em 24/08/2017 15h58

O novo comandante da Rota, a tropa de elite da PM (Polícia Militar) de São Paulo, o tenente-coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, colocou os cerca de 700 homens do batalhão, incluindo ele mesmo, nas ruas da capital às 10h desta quarta-feira (23) para combater a criminalidade.

Às 17h30, a Rota informou o balanço da operação: 25 pessoas foram presas e três menores de idade foram apreendidos. Entre os presos, estavam quatro procurados pela Justiça. "A operação foi dentro do que a gente planejou. Até superior, pela sensação de segurança transmitida para a população, que nos aplaudiu nas ruas", afirmou ao UOL o comandante da Rota.

Os homens do batalhão, incluindo o comandante, saíram às ruas da capital "para combater a criminalidade", segundo informou Mello Araújo, na operação batizada por ele de "Tolerância Zero". Os policiais agiram em todas as regiões da capital.

O comandante informou que a ação é contra o crime de uma forma geral. "Vamos colocar nossos homens em todas as regiões de São Paulo: zonas sul, leste, oeste e norte", disse. Segundo Mello Araújo, a ideia é que os criminosos temam a presença da polícia.

"Esta é a primeira vez na história da Rota que fazemos isso. Quero sentir como a criminalidade vai perceber a situação. Caso seja uma operação bem-sucedida, deve ocorrer mais vezes", afirmou à reportagem. "O criminoso teme a Rota. E tem de continuar temendo", complementou.

Para o comandante, é importante a presença da polícia na rua, de forma incisiva, "para que São Paulo não vire o Rio de Janeiro, com traficante recebendo a população e a polícia com metralhadora".

A ação, segundo Mello Araújo, foi idealizada por ele, sem conversa com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ou o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho. "As ações e determinações são independentes", afirmou.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou "que o planejamento operacional dos batalhões é feito de maneira técnica pelas unidades". "Operações, como a deflagrada nesta quarta-feira pela Rota, têm apoio da pasta e do governo do Estado, sendo importantes para o combate à criminalidade", diz o texto.