Militares desrespeitam padrão do Exército com uso de lenços de caveira na Rocinha
O conflito armado na Rocinha, no Rio de Janeiro, levou as Forças Armadas para o local. E a operação militar deflagrada com objetivo de acabar com uma sangrenta disputa entre grupos rivais pelo controle do tráfico de drogas trouxe um novo cenário à favela. Militares com balaclavas (gorros que cobrem toda a cabeça, menos os olhos) com figuras de caveira caminham pelas vielas e chamam atenção dos moradores.
As balaclavas com desenhos, usados pelos militares das Forças Armadas, no entanto, estão em desacordo com o padrão estabelecido pelo Exército. Ao UOL, a corporação informa que há cores específicas para uso dos acessórios pelos soldados.
A assessoria de imprensa do Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública esclarece que os soldados só devem usar balaclavas nas cores preta e azul-ferrete.
“O uso de peças em desacordo com tal regra está sendo apurado”, afirma a nota.
Em diversas forças militares brasileiras e estrangeiras, membros de unidades de elite ou que passaram por cursos de especialização em combate usam oficialmente peças de uniforme que os diferenciam das demais tropas regulares - como botas ou boinas de cores diferentes. Além disso, algumas unidades adotam a figura da caveira em seus símbolos. Mas, segundo fontes das Forças Armadas, segundo apurações iniciais esse não seria o caso das balaclavas de caveira da operação na Rocinha.
Em maio deste ano, oficiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) já haviam usado um lenço, à época chamado de “palestino”, para se protegerem contra estilhaços.
Na última sexta-feira (22), as forças de segurança subiram a Rocinha em uma grande operação militar com objetivo de acabar com uma sangrenta disputa entre grupos rivais pelo controle do tráfico de drogas. Foram mobilizados, na ocasião, mais de 1.000 policiais e homens do Exército, além de tanques de guerra.
O estopim da briga foi uma tentativa de invasão à comunidade de um grupo de criminosos leais a Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que cumpre pena na penitenciária federal de Porto Velho (RO). Mesmo detido, ele teria ordenado o ataque contra o bando de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que assumiu a chefia do crime organizado na região após a prisão de Nem, em 2011. Em apenas dois dias, pelo menos quatro pessoas morreram e mais de 3.000 alunos ficaram sem aula.
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