Região de chacina na Baixada Fluminense vive disputa entre milícia, CV e ADA, diz delegado
Duas facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e uma milícia disputam o domínio territorial da região onde ocorreu nesta quinta-feira (12) um ataque a tiros em um bar na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que deixou três mortos e três feridos. Para a polícia, a batalha entre o CV (Comando Vermelho), a ADA (Amigo dos Amigos) e uma milícia foi o que motivou o crime.
Para o delegado Luís Otávio Franco, da DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense), a área onde aconteceu a chacina, no bairro Nossa Senhora do Carmo, é “praticamente uma Faixa de Gaza” devido à constante disputa entre tráfico e milícia.
Segundo a DHBF, quatro homens desceram de um carro branco de pequeno porte e dispararam contra o bar, sem alvo definido. Nivaldo José Batista, Thiago Lessa de Melo e Marcelo Prates de Araújo foram atingidos e não sobreviveram.
Segundo a polícia, os atiradores seriam ligados à facção ADA, enquanto o bar onde foi feito o ataque seria frequentado por milicianos. Os três mortos não tinham antecedentes criminais.
Imagens de câmeras de segurança são analisadas pela DHBF para tentar identificar os suspeitos. O dono do bar e uma vítima sobrevivente foram ouvidos como testemunhas.
Ataque em Queimados
No último domingo (8), ao menos duas pessoas morreram após um ataque a tiros em um bar em Queimados, também na Baixada Fluminense. Maurício dos Santos Jesus Nascimento e Edésio Virgino da Cruz Prado morreram e outras seis pessoas ficaram feridas.
De acordo com a PM, dois carros passaram com pessoas atirando contra frequentadores do bar, localizado na praça dos Eucaliptos. A DHBF, no entanto, afirma que os crimes de Queimados e Duque de Caxias não têm nenhuma relação.
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