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Polícia prende acusado de matar dentista que enfrentou grupo de pichadores em SP

Do UOL, em São Paulo

06/12/2017 12h26

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quarta-feira (6) em Heliópolis, zona sul da capital, o jovem Lucas Rafael de Siqueira Nunes, 19. Ele é um dos acusados de espancar até a morte um dentista e de agredir, até a amputação de um braço, o pai dele, um aposentado de 77 anos. Os crimes aconteceram em agosto do ano passado no bairro do Jaraguá, zona norte de São Paulo.

De acordo com o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e com o próprio site da Polícia Civil de São Paulo, após o crime, Nunes foi colocado na lista dos criminosos mais procurados no Estado. Ele tinha mandado de prisão expedido.

O crime foi registrado ano passado depois de pai e filho reclamarem de pichações no muro da residência. À época, segundo as investigações, um grupo pichou a casa do dentista Wellington Silva, 39, e fugiu; em seguida, Silva e o pai, então com 76 anos, saíram para procurar os suspeitos. Ao notar que a dupla os perseguia, os homens se reagruparam e começaram a agredi-los. O dentista chegou a ser encaminhado com ferimentos graves a um pronto-socorro em Pirituba, mas não resistiu.

Segundo a assessoria de imprensa do Deic, Nunes foi preso em uma ação do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) após a investigação sobre o paradeiro do acusado apontar que ele morava em Heliópolis. Ele foi detido na avenida São João Clímaco, enquanto trabalhava em uma fábrica, e encaminhado, ainda de uniforme de serviço, para o Deic. A ação foi acompanhada também por equipe em um helicóptero.

Por meio da assessoria, o supervisor do Garra, delegado Mário Palumbo, classificou a prisão como “resposta contra a impunidade”. “Foram crimes hediondos. Mataram uma pessoa e debilitaram permanentemente um idoso porque reclamaram do vandalismo praticado no muro”, afirmou o policial.

Câmera

Imagens de uma câmera de segurança da rua onde foram registrados os crimes, ano passado, mostraram um grupo de cinco homens chegando em um carro na casa de Silva, por volta das 2 horas, com latas de spray e bebidas. Eles picharam o muro da casa do dentista, beberam e depois retornaram ao carro.

Logo após o grupo deixar o local, as imagens mostraram o pai do dentista saindo de casa com um objeto parecido com um facão, em direção aos rapazes. Segundo familiares, ele encontrou os pichadores e teria iniciado a briga. O filho teria ido ao local para defendê-lo.