PMs do RN repudiam falta de proposta do governo e decidem manter aquartelamento
Os bombeiros e policiais militares do Rio Grande do Norte decidiram, em assembleia na manhã desta sexta-feira (5), manter o aquartelamento iniciado no dia 19 em protesto contra o atraso salarial e más condições de trabalho.
Líderes de associações tiveram um encontro, na noite desta quinta-feira (4), com a secretária de Segurança Pública e Defesa Social, Shiela Freitas, mas não houve avanço nas negociações.
Na assembleia, foi apresentada apenas a proposta do governo de iniciar o pagamento do salário de dezembro a partir do dia 12 de janeiro --mesmo assim não na totalidade. Não há data para pagamento do 13° salário de 2017.
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Segundo Roberto Campos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados do Estado, a situação tende a ficar mais complicada porque o governo não deu soluções a nenhuma das demandas de infraestrutura e equipamentos apresentadas.
"Não houve respeito, nenhuma pessoa sequer da área de finanças foi conversar conosco. A operação segue, e agora os policiais estão cada dia com o psicológico mais afetado. O que as facções nunca conseguiram, o que os presos e presídios nunca conseguiram, o Estado agora conseguiu, que é nos abalar", disse.
As associações entregaram uma pauta com 14 itens, pedindo quitação de salários e melhorias estruturais. Segundo os participantes da reunião, a nenhuma das questões houve proposta apresentada. O governo não se pronunciou sobre a reunião.
Polícias paradas
Os militares entraram nesta sexta no 17° dia da operação "Segurança com segurança" --eles se recusam a ir às ruas sem condições adequadas de trabalho. Já os policiais civis estão em esquema de plantão desde o dia 20 --apenas três delegacias para serviços essenciais estão em funcionamento.
A segurança no Estado está sendo feita 2.800 integrantes das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública. Há policiais nas ruas, mas em um número menor do que o efetivo diário. Segundo o comando da PM, são 57 viaturas circulando na Grande Natal, onde moram 1,5 milhão de pessoas.
Ontem, o comando da operação das Forças Armadas informou que, mesmo com essas equipes, apenas 50% das ocorrências solicitadas pelo número 190 estão sendo atendidas.
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