Polícia oferece até R$ 50 mil para informações que levem a autor do tiro que matou menino em SP
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo informou nesta sexta-feira (5) que vai oferecer até R$ 50 mil para denúncias que ajudem a identificar o autor do tiro que matou o menino Arthur Aparecido Bencid Silva, 5, vítima de uma bala perdida no Réveillon em São Paulo.
O garoto foi baleado enquanto brincava no quintal de casa da família, que comemorava a chegada do Ano-Novo. Durante a queima de fogos, nos primeiros minutos do dia 1º de janeiro, Arthur caiu no chão, sem motivo aparente. Somente após levá-lo a um hospital, os familiares descobriram que ele havia sido atingido por um tiro na cabeça.
O valor oferecido por informações que levem ao autor do disparo é o máximo permitido pelo programa de recompensas do Estado. É possível fazer denúncias de três formas distintas:
1. diretamente à autoridade policial competente por qualquer meio idôneo, como e-mail, carta, telefone e/ou pessoalmente, observado o dever de sigilo em relação aos dados do denunciante;
2. via Disque Denúncia, pelo telefone 181, serviço instituído em 2000 e que tem a segurança e o sigilo como itens fundamentais para a confiança da população desde o início;
3. por meio do acesso ao Web Denúncia, que conta com dupla criptografia de dados, para proteger o anonimato do denunciante. Este, ao final do processo, recebe um número de protocolo e uma senha para acompanhar anonimamente o andamento da denúncia.
Investigações continuam
A morte de Arthur permanece rodeada por mistérios. Na noite desta quinta (4), um exame de confronto balístico, realizado pelo Instituto de Criminalística, determinou que a bala que atingiu Arthur não saiu do revólver apreendido com o homem que tinha sido apontado pela polícia como principal suspeito do crime.
Com isso, o suspeito foi descartado, e a polícia não tem em vista neste momento nenhum outro suposto autor do disparo.
A polícia já analisou imagens de uma câmera de segurança de uma casa localizada na mesma rua da residência onde a família de Arthur comemorava a virada do ano. "Essas imagens nos auxiliaram porque pudemos ver que não houve disparo por arma de fogo na rua", disse o delegado Antônio Sucupira Neto, responsável pelo caso. Não há previsão de divulgação dessas imagens.
O delegado afirmou ainda que o próximo passo das investigações é a realização de um exame que determine qual foi a trajetória exata feita pela bala antes de atingir a cabeça de Arthur. “Sabendo a trajetória do projétil, diminuímos o raio de suspeitos”, disse o delegado. "Não digo que vai ser suficiente, mas que vai ser 90% do caminho andado, vai ser. É importantíssimo".
Esse exame será realizado por peritos do Instituto de Criminalística junto à reconstituição dos fatos do momento em que o garoto foi baleado, que deve acontecer nos próximos dias.
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