Após divulgação de alta em prisões de policiais civis, Alckmin defende "tolerância zero" em SP
Após a divulgação da informação de que ao menos 39 policiais civis de São Paulo foram presos em 2017 sob a suspeita de terem ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cobrou rigor em investigações e enalteceu o trabalho da Corregedoria.
“Nós temos mais de 30 mil policiais civis. Pode um ou outro errar, cometer um crime. E a Corregedoria tem de agir com rigor. Tolerância zero. A impunidade estimula a atividade de delito. No ano passado, foram 78 demissões de policiais civis”, afirmou o governador.
De acordo com dados do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia de SP), o Estado tem 29.853 policiais civis em atividade. Para a presidente do sindicato, a delegada Raquel Kobashi, “o ‘bandido de distintivo’ deve ser desligado e punido da Polícia Civil. De forma incisiva e clara gostaria de afirmar que somos contra a corrupção”, disse.
Nos últimos quatro anos, o número de policiais civis presos quase dobrou: passou de 51 para 92 no período. Isso representa uma alta de 80%, de acordo com dados da Polícia Civil obtidos pelo UOL. Em 2017, os crimes que teriam sido mais praticados por esses policiais foram: associação ao tráfico de drogas, corrupção, organização criminosa, extorsão e embriaguez ao volante.
Antes de 2017, o crime que mais levava policiais civis para a cadeia era extorsão. Foram registrados: 8 casos em 2014; 22 em 2015; e 15 em 2016. No ano passado, o número de policiais suspeitos de terem praticado esse tipo de crime caiu para 7.
Os policiais civis de São Paulo, caso não sejam expulsos ou demitidos, respondem pelas práticas de crimes no presídio especial da Polícia Civil, que fica na região do Carandiru, zona norte da capital. Policiais civis e militares que são expulsos da corporação costumam ser enviados para a penitenciária de Tremembé, a 160 km da capital.
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